Setor de brinquedos inicia corrida para atender pedidos

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A pouco mais de um mês para o Dia das Crianças, principal data para o setor de brinquedos no Brasil, toda a produção já foi vendida e as empresas correm para realizar as entregas. A Brinquedos Estrela é uma delas, a empresa apresentou aumento de 25% nas encomendas em relação ao mesmo período de 2007, mas a expectativa é de alcançar um aumento ainda maior ao final do ano, cerca de 30% sobre o faturamento de R$ 100 milhões. Um crescimento muito acima do esperado pelo setor, que está projetado em 6% e que deve fechar o ano com R$ 1,1 bilhão, segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

 

Dentre os fatores que a Estrela destaca como responsáveis pelo aumento das vendas, está o número de lançamentos no mercado. Segundo seu diretor de Marketing, Aires Leal Fernandes, serão 120 apenas no mês de setembro. Ele explica que a proximidade da data é a razão para que dos 286 lançamentos de 2008, a maior parte esteja concentrada nessa época e que o segundo semestre é o período que as empresas do setor podem conhecer sucesso ou o fracasso. Segundo dados da Abrinq, cerca de 70% das vendas das empresas de brinquedos são realizadas em duas datas apenas. O Dia das Crianças, representa 38% e o Natal com os outros 32% do total.

 

"Outro motivo que nos ajuda a aumentar as vendas é o mix de produtos que contempla brinquedos com tecnologia. Além disso, procuramos equilibrar o perfil de produtos da empresa para oferecer a mesma quantidade de opções para meninos e meninas", explica Fernandes. Para estimular as vendas, a empresa está com diversos filmes publicitários prontos para veiculação em emissoras abertas e por assinatura. O investimento não foi revelado, mas é justificado pela importância da data nas vendas do setor.

 

Essa é a mesma opinião do diretor comercial da Gulliver, Paulo Benzatti, que espera fechar 2008 com um crescimento de 10% em relação a 2007. A estratégia da empresa é a de também investir em lançamentos no mercado, principalmente em personagens ligados à mídia e a grandes produções cinematográficas. "O mercado de brinquedos depende muito de lançamentos, pois o produto tem vida curta. Com os licenciamentos, obtemos uma mídia espontânea que ajuda nas vendas e acabam sendo um bom negócio para nós", explica ele.

 

Para a Gulliver essa é uma das formas para tentar driblar a sazonalidade dos produtos do setor de brinquedos. Essa estratégia é definida porque as empresas do setor têm que criar um vínculo com a criança, que hoje, está bem informada e sabe dos lançamentos do cinema e da TV com bastante antecipação.

 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Abrinq, a indústria nacional tem muito espaço para crescer fora do segundo semestre. No levantamento a associação afirma que no Brasil são comemorados cerca de 150 mil aniversários e que em apenas um terço destes há o hábito de presentear.

 

Preço médio

 

Segundo dados da associação, que representa 315 empresas, o valor médio de 45% das vendas para o dia 12 de outubro será de R$ 50 a R$ 100. As vendas de produtos de até R$ 49,99 representam cerca de 30% e os 25% restantes são para presentes cujo valor ultrapassa os R$ 100. A entidade afirma que essa divisão de preço médio demonstra que no Brasil, o presente de uma criança tem a conotação de artigo de primeira necessidade.

 

Apesar da estimativa de faturamento do setor para 2008 alcançar R$ 1,1 bilhão, a Abrinq reclama da carga tributária que incide sobre o setor. De acordo com o presidente da entidade, Synésio Batista da Costa, os impostos são responsáveis por 40% do preço final dos brinquedos. "Nossos resultados poderiam ser melhores se o governo deixasse que as empresas produzissem", esbraveja Costa. "O setor investe em maquinário, treinamento e lançamentos, cerca de 30% do faturamento, mas perde em competitividade em razão dessa alta taxação", completa.

 

Segundo o presidente da associação, mesmo com essa incidência, a produção nacional responde por 70% dos brinquedos vendidos no País. "Essa divisão é salutar para as empresas e para o consumidor, que após diversos recalls, opta pelos produtos nacionais, principalmente, pela segurança, facilidade de troca e reposição de peças", completa ele.

 

A pouco mais de um mês do Dia da Criança, a principal data para o setor de brinquedos no Brasil, toda a produção já foi vendida. A Brinquedos Estrela registrou aumento de 25% nas encomendas em relação ao mesmo período de 2007, mas a expectativa é de alcançar aumento ainda maior no final do ano, de 30% sobre o faturamento de R$ 100 milhões. O diretor comercial da Gulliver, Paulo Benzatti, projeta fechar 2008 com crescimento de 10%, investindo em lançamentos. O crescimento do setor está bem acima dos 6% projetados para 2008 e deve fechar o ano com R$ 1,1 bilhão, diz a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq).

 

Veículo: DCI


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