Fábrica de vuvuzelas agora recusa pedidos

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A Brasilflex, em São Paulo, já exportou para a África do Sul três contêineres de produtos ligados à Copa da Mundo e vem trabalhando 24 horas por dia para dar conta das encomendas

 

A maior fabricante de vuvuzelas da América Latina, a Brasilflex, que fica no bairro paulistano do Limão, já não aceita mais encomendas - nem da África. "Só estamos atendendo nossos clientes que já tinham pedidos colocados", diz a diretora da empresa, Eliana Mason.

 

A indústria, que há 17 anos fabrica o cornetão - agora batizado de vuvuzela por causa dos sul-africanos -, já produziu mais de 1 milhão de unidades para esta Copa. Entre vuvuzelas, apitos e outros tipos de itens para as festas na Copa, exportou três contêineres de produtos para a África do Sul, dois para a Argentina e um para o Uruguai.

 

Nos últimos seis meses, a empresa contratou 50 trabalhadores extras e trabalha 24 horas por dia para cumprir as encomendas. Nas contas de Eliana, as vendas de 22 itens voltados para a Copa cresceram 50% em relação ao último campeonato mundial, em 2006.

 

"Vuvuzela chega e acaba", conta o diretor-presidente da União dos Lojistas da Rua 25 de Março e Adjacências (Univinco), Alexandre Navarro. Na semana passada, por exemplo, o estoque estava esgotado na loja da Armarinhos Fernando, que fica no centro de comércio popular paulistano. "Compramos 50 mil unidades para a Copa e já tivemos de encomendar mais 15 mil", disse o gerente da loja, Ondamar Antonio Ferreira.

 

Navarro diz que a escassez do item já inflacionou o preço. Uma vuvuzela, que antes do início da Copa saía por R$1,20, já chegou a R$ 3. "Esta é a melhor Copa, porque as condições financeiras do País estão mais favoráveis", diz. Os lojistas da 25 de Março se prepararam para vender nesta Copa do Mundo um volume de produtos 20% maior que no último torneio, mas a meta já foi superada.

 

Classificação. As grandes redes de supermercados também comemoram bons resultados. No Grupo Pão de Açúcar, as vendas de cerveja no último domingo, dia de jogo do Brasil, corresponderam a seis vezes o volume de um dia normal. Entre as carnes, o volume vendido de picanha foi multiplicado por quatro, na mesma base de comparação. No Walmart, as vendas de cerveja subiram 50% em relação ao período anterior à Copa.

 

No Carrefour, as vendas de televisores dispararam. Segundo Karim Nabi, diretor de mercadorias não-alimentares da rede, as vendas gerais do mercado dobraram em número de peças, na comparação com igual período do ano passado. "No Carrefour, o desempenho está acima disso", diz o executivo. No Walmart, os televisores também estão entre os itens de maior sucesso nesta Copa.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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