Confiança do consumidor é recorde

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A confiança do consumidor paulistano bateu recorde em dezembro, segundo a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP). O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela entidade, atingiu 155,2 pontos no mês passado, o melhor resultado desde o início da série histórica, em junho de 1994. O número representa uma alta de 1,3% em relação a novembro. Na comparação com dezembro de 2008, o aumento foi de 22,2%.

 

Segundo os responsáveis pela pesquisa, o crescimento da confiança foi sustentado pela melhoria do emprego e renda, reforçada pelas medidas anticrise adotadas pelo governo federal. Entre elas, destacam-se a redução da taxa básica de juros (Selic) e a desoneração fiscal de produtos como carros, eletrodomésticos e material de construção.

 

O ICC é apurado mensalmente pela Fecomércio, por meio de pesquisa com 2,1 mil consumidores na capital paulista. O índice, que varia de 0 a 200 pontos, indica pessimismo abaixo dos 100 pontos e otimismo acima desse número.

 

No segundo semestre de 2009, o indicador apresentou tendência de recuperação gradual da confiança do consumidor abalada pela crise financeira mundial. O índice apresentou resultados positivos em todos os meses do semestre, exceto agosto (0%) e novembro (-0,7%). Para técnicos da Fecomércio, o nível atual do ICC é compatível com a expansão do consumo, o que, segundo eles, reforça um quadro de continuidade do otimismo dos consumidores nos próximos meses.

 

Os dois subíndices que compõem o Índice de Confiança do Consumidor apresentaram sinais opostos em dezembro. O Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), que mede a percepção dos consumidores no curto prazo, teve alta de 4,1% entre novembro e dezembro e chegou a 149,7 pontos. O resultado foi influenciado pelo público masculino, consumidores com 35 anos ou mais e paulistanos com faixa de renda inferior a 10 salários mínimos, o equivalente hoje a R$ 5,1 mil.

 

Já o Índice de Expectativa do Consumidor (IEC), que determina a percepção em relação ao médio e longo prazos, apresentou ligeira queda no fim do ano, de 0,3% para 158,9 pontos. O motivo foi o público feminino, que continua menos otimista em relação à expectativa futura.

 


Veículo: O Estado de S.Paulo


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