Carne puxa custo de vida em novembro

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Aumento do preço da carne bovina em novembro foi de 11,01%. O grupo alimentos foi o principal responsável pela alta do ICV. 


 
O Índice do Custo de Vida (ICV) apresentou variação de 1,04% em novembro, acelerando-se em 0,11 ponto percentual frente ao nível de 0,93% registrado em outubro. De acordo com o Dieese, que calcula o indicador paulistano de inflação, o grupo alimentação foi o principal fator de pressão, ao subir 2,81%. Dentro dele, o destaque foi para a carne bovina, que subiu 11,01%. Por outro lado, o segmento legumes registrou queda de 7,74%.

 

Depois de alimentação, o grupo transportes teve a segunda maior alta, de 0,61%, impulsionado principalmente pelo aumento de 3,84% do álcool combustível. Habitação apresentou variação de 0,4%, com destaque para a alta de 1% de locação, imposto e condomínio; saúde, por sua vez, avançou 0,35%, puxada pela alta de 0,43% do subgrupo assistência médica.

 

Os demais grupos vieram com níveis mais próximos à estabilidade, como vestuário (0,13%), educação e leitura (0,03%) e equipamento doméstico (0,06%); ou negativos, como despesas pessoais (0,01%), recreação (0,06%) e despesas diversas (0,86%).

 

Acumulado – Nos 12 meses até novembro, o ICV aumentou 6,31%, puxado principalmente pelo aumento de 10,28% de alimentação. Os preços de habitação subiram 6,31% nesse período, os de saúde avançaram 5,68% e os de educação e leitura apresentaram alta de 5,3%. Nos nove primeiros meses deste ano, o ICV subiu 6,23%, com destaque para alimentação (10,25%), habitação (6,38%) e saúde (5,38%). Dentro de alimentação, o feijão disparou 94%, enquanto carne bovina subiu 31,08% em 2010.

 

Classes sociais – O ICV para o terço de famílias paulistanas mais pobres cedeu 0,01 ponto percentual entre outubro e novembro, passando de 1,18% para 1,17%, de acordo com o Dieese. Para o terço intermediário, ao contrário, a inflação acelerou 0,11 ponto entre os dois meses, de 1,08% para 1,19%. Mas a maior aceleração da inflação entre outubro e novembro, de 0,15 ponto porcentual, foi a do estrato mais alto de renda – cujo ICV passou de 0,79% para 0,94%.

 

No grupo mais pobre estão famílias com renda média de R$ 377,49; no intermediário, a renda média é de R$ 934,17, enquanto o estrato mais rico engloba as famílias de maior poder aquisitivo, com renda média de R$ 2.792,90.
 


Veículo: Diário do Comércio - SP


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