Carne lidera inflação dos alimentos

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De acordo com a pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais, a maioria dos produtos componentes da cesta dos alimentos básicos apresentou aumentos significativos e generalizados pelas 17 capitais pesquisadas, em novembro. Mas merece destaque o preço da carne, que foi aumentado em 16 capitais, particularmente, em Fortaleza (19,12%), Vitória (15,32%), Recife (14,07%), Manaus (12,84%), Rio de Janeiro (12,71%) e São Paulo (12,33%).

 

A única Capital em que os pesquisadores do Dieese se depararam com redução no preço da carne foi Natal. Mesmo assim, a redução foi tão pequena que o movimento está mais para uma estabilidade do que uma queda de fato. Lá, eles verificaram ligeira redução de -0,28% no preço pago pelo quilo da carne. No período anual, foram apuradas altas extraordinárias em todas as regiões. As taxas mais expressivas ocorreram em Recife (34,03%), seguida por Goiânia (33,67%), Fortaleza (33,54%), São Paulo (33,12%) e Rio (31,59%). Aracaju (7,28%) foi a única cidade onde o produto teve alta inferior a 10%.

 

A seca ocorrida em meados do ano prejudicou as pastagens que, aliadas ao aumento da demanda externa, foram as causadoras desta subida de preços. O açúcar também encareceu em 16 capitais, como Salvador (14,21%), São Paulo (13,16%) e Manaus (12,64%). As menores taxas foram observadas em Brasília (3,27%) e Belém (1,65%), enquanto no Recife houve redução de -1,49%. As variações dos últimos 12 meses foram positivas em todas as 17 regiões, com destaque para Brasília (34,60%), João Pessoa (28,13%), Fortaleza (26,04%) e Goiânia (25,17%).

 

Já em Salvador (5,63%), Curitiba (4,21%) e Porto Alegre (1,52%), os aumentos foram menores. De acordo com os técnicos do Dieese, o açúcar encareceu no mercado internacional e os produtores do País aproveitam para exportar mais que no ano anterior. Desta forma, os preços do açúcar no mercado interno estão equalizados com os preços internacionais. O óleo de soja subiu o preço em 15 capitais, com as maiores alterações em Manaus (11,64%), Belém (9,20%) e Porto Alegre (8,87%). Em Brasília e Belo Horizonte, a variação foi nula.

 

O pão aumentou de preço em 13 cidades, com taxas moderadas, como em Fortaleza (3,98%), Aracaju (2,41%) e Rio (2,22%). Em Belém, não houve alteração de preço e foram anotadas reduções em Brasília (-0,63%), Natal (-1,35%) e Goiânia (-1,54%). Entretanto, comparado a novembro de 2009, o pão hoje está mais caro em todas as 17 capitais. As maiores elevações foram observadas em Fortaleza (13,66%), Florianópolis (11,09%), Vitória (10,87%), Goiânia (10,85%) e Curitiba (10,72%). Taxas menores foram anotadas em Salvador (0,60%) e Manaus (0,38%).

 

O leite subiu de preço em novembro em 12 cidades e, mais acentuadamente, em Manaus (13,36%) e em Brasília (6,45%). Em Belo Horizonte, houve estabilidade, enquanto barateou em Goiânia (-0,97%), Florianópolis (-1,09%), Belém (-2,13%) e Natal (-4,82%). (AE)

 

Veículo: Diário do Comércio - MG


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