Capacidade ociosa da indústria ainda é elevada, afirma federação paulista

Leia em 2min

Se depender do setor industrial brasileiro haverá crescimento sustentável da economia em 2010, sem pressão de demanda. A certeza é do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Walter Sacca. "Mesmo que o PIB [Produto Interno Bruto] cresça 6% e a produção industrial avance 12% neste ano, ainda assim cresceremos com folga", afirma.

 

De acordo com Sacca, a indústria nacional está operando aproximadamente 6,2% abaixo do que operava no mês de setembro de 2008, época em que eclodiu a crise econômica mundial.

 

"Os investimentos maturados desde então garantem um crescimento de cerca de 10% da capacidade produtiva instalada, além dos ganhos de produtividade alcançados durante a recessão, portanto não há risco de inflação de demanda", tranquiliza o diretor da Fiesp.

 

Alumínio

 

No entanto, os preços podem subir por outros fatores. O alumínio, por exemplo, como insumo industrial teve seus preços elevados entre 22 e 24 % no mercado interno nos últimos quatro meses, de acordo com informações fornecidas pela Associação Brasileira de Alumínio (ABAL) em entrevista concedida ao DCI.

 

Mesmo com a demanda interna reprimida, o presidente da ABAL, Adjarma Azevedo, justificou o aumento apontando como principais fatores a variação do dólar e do preço da matéria-prima no mercado internacional.

 

Azevedo garantiu que não há qualquer descompasso entre a produção industrial de 1,6 milhão de toneladas (328 mil recicladas) e a demanda do mercado interno que ainda está 10% inferior aos números de 2008. "O setor primário exportou um excedente de aproximadamente 755 mil toneladas em 2009, sendo Japão, Suíça, Estados Unidos e Holanda os principais destinos", afirmou.

 

O presidente da Abal afirmou ainda que o setor de alumínio deve crescer neste ano.
"[O setor] vai acompanhar o crescimento do PIB", no entanto, Adjarma Azevedo alertou que a indústria de embalagens está saturada.
"[A indústria de embalagens] não está dando conta. Eles atingiram a marca de três bilhões de latas, estão bombando", e "só deve crescer com a inauguração de novas fábricas, ainda este ano", concluiu o executivo.

 

A MAN Diesel & Turbo fechou venda de R$ 810 milhões em equipamentos e turbinas para a Star Energy, do grupo Bertin, naquele que é o maior negócio realizado pela companhia alemã na América do Sul.

 


Veículo: DCI


Veja também

Consumidor fica mais cauteloso com novas dívidas

Demanda do consumidor por financiamentos tem retração de 1,1% em janeiro, aponta Serasa Experian   ...

Veja mais
Focus prevê nova alta para inflação

Segundo pesquisa, IPCA deve fechar o ano com alta de 4,78%, fora, portanto, do centro da meta, que é 4,50%  ...

Veja mais
Dívida atrelada à Selic chega a 62%

Em 2009, proporção em relação à dívida pública bateu recorde anual; em ...

Veja mais
Altas pontuais no IPCA podem pressionar decisão do BC sobre juros

No início deste ano, os aumentos das tarifas de transporte público em São Paulo e no Rio de Janeiro...

Veja mais
IGP-DI reverte queda e sobe 1,01%

Aumentos espalhados no atacado, varejo e construção civil levaram à taxa maior do Índice Ger...

Veja mais
Brasil é destaque no varejo mundial

Centrar as atenções no comportamento do comprador, especialmente dentro da loja, faz a diferença no...

Veja mais
Consumo dá sinal de desaceleração

Sondagem mostra recuo nas vendas de bens duráveis por causa do endividamento das famílias das classes C e ...

Veja mais
Rentabilidade de exportações teve queda de 19% em 2009

O índice de rentabilidade das exportações acumulou perda de 19,6% no ano de 2009. Essa queda &eacut...

Veja mais
Brasil e Argentina acertam cooperação

Brasil e a Argentina decidiram estabelecer um mecanismo de informação recíproca para dar agilidade ...

Veja mais