IGP-DI reverte queda e sobe 1,01%

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Aumentos espalhados no atacado, varejo e construção civil levaram à taxa maior do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) em janeiro, que subiu 1,01%, após cair 0,11% em dezembro. A avaliação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros. O IGP-DI de janeiro teve a maior taxa registrada desde outubro de 2008, quando apresentou elevação de 1,09%.

 

Para Quadros, o desempenho do índice em janeiro mostra que há elevações de preços acontecendo em boa parte da cadeia produtiva, não somente concentradas em alguns poucos setores. "Há uma preocupação de que isso seja um sintoma de mudança no ritmo inflacionário", afirmou. Ele destacou ainda que o desempenho do primeiro mês do ano levou a um enfraquecimento na deflação acumulada em 12 meses do IGP-DI, que passou de -1,43% para -0,45% de dezembro para janeiro. "É possível que já em fevereiro a taxa em 12 meses volte a mostrar resultado positivo."

 

No setor atacadista, o dólar mais elevado já pode estar mostrando influência em alguns produtos, principalmente em commodities, cujos preços também estão sendo impulsionados para cima devido a movimentos especulativos.

 

Entretanto, a importância do setor atacadista como um todo na composição do cenário da inflação em janeiro não pode ser desprezada, de acordo com o técnico. "Tivemos no atacado o maior número de ocorrências de elevações de preços", comentou, acrescentando que, em janeiro, houve retomada mais disseminada nos aumentos de preços atacadistas. É o caso das mudanças bruscas de trajetória de preços em alimentos in natura (de -4,82% para -1,52%); alimentos processados (de -0,28% para 4,33%); materiais para manufatura (de 0,12% para 2,16%); e combustíveis (de 0,84% para 3,1%).

 

No varejo, houve grande concentração de aumentos de preços normalmente realizados em janeiro, como reajustes de preços em mensalidades escolares. Além disso, o primeiro mês do ano foi muito pressionado devido ao item tarifa de ônibus urbano, que disparou 7,87% devido ao impacto do reajuste de 17,4% em ônibus urbano na cidade de São Paulo. O IGP-DI também contou com a inflação na construção civil mais elevada, dado o ritmo mais aquecido no nível de atividade do setor.

 

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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