Varejo mantém pujança

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O varejo brasileiro continua forte,mesmo quando algumas entidades mostram uma desaceleração do crescimento no País. Ontem, o Serasa Experian e a Fecomércio-SP apresentaram indicadores importantes que mostram essa tendência de crescimento agora menos acelerado, porém em uma comparação entre o mês de janeiro passado, com dezembro de 2009, quando mesmo em um cenário de crise econômica mundial o varejo comemorou recorde histórico de vendas, puxado pela boa perspectiva da população com os rumos da economia no País.

 

Em uma análise mais crítica, é preciso entender que com a variação cambial até o começo desta semana indicando um caminho de alta, e com a finalização de incentivos como o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), era de se esperar algum impacto no consumo interno. Mais do que isso: seria natural que em um mês de janeiro de concentração de gastos, com pagamento de IPVA, matrículas e material escolar, férias e outros gastos, o bolso dos brasileiros sentisse algum impacto.

 

O interessante é que nada disso foi com um panorama ruim, ao contrário. Se pensarmos que a atividade varejista cresceu cerca de 10% na comparação entre janeiro de 2010 e o mesmo mês do ano passado. Logo, afirmar que as coisas estão caminhando para o sentido contrário seria o mesmo que cometer uma grande heresia. Quem concorda com isso é ninguém menos do que o empresário Abilio Diniz, hoje uma sumidade no que diz respeito aos negócios relacionados ao varejo brasileiro, e conhecedor de tacadas de mestre quando fala-se em mercado de fusões e aquisições.

 

Quem não se lembra da última cartada do Grupo Pão de Açúcar, que é dividido com os franceses do Grupo Casino, com o envolvimento com a Casas Bahia, após ter adquirido os ativos da rede Ponto Frio (Globex)? Se Diniz vem a público dizer que acredita no potencial econômico do Brasil para 2010, e que esta é a hora de se investir para ampliar a presença no mercado interno, então é preciso, ao menos, prestar atenção nas dicas. Não que um empresário brasileiro já possa ter status de oráculo, mas trata-se de uma figura já considerada pública e também respeitada por economistas e concorrentes do seu setor. Além dele, cerca de 74% de executivos e empresários ouvidos pelo Grupo Lide também acreditam que agora é a vez do Brasil, em amplos aspectos. A Copa do Mundo na África nem começou, mas o País parece que começa a jogar para ganhar!

 


Veículo: DCI


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