Mercado suíno mostra reação no preço

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O mercado brasileiro de carne suína confirmou as previsões e indicou uma leve recuperação frente à semana passada, segundo a avaliação do analista de Safras & Mercado Allan Hedler. "A cotação no Centro-Sul teve valorização de 0,35%, passando de R$ 3,44 para R$ 3,45 para o quilo vivo e a tendência é de que este movimento nas cotações persista até o fim do ano", disse.

Hedler destaca que em São Paulo a arroba voltou a ser cotada a R$ 78,00, o que remete a um preço médio por quilo vivo de R$ 4,11. "Com esse valor, as cotações no do quilo vivo no mercado paulista voltam a se aproximar do preço histórico observado na virada de mês entre outubro e novembro, que foi de R$ 80,00 a arroba", afirma.

No atacado, a média do quilo da carcaça foi cotada a R$ 5,73 no Centro-Sul do Brasil, alta de 0,64% frente à semana anterior. Em São Paulo a carcaça tipo exportação subiu e passou de R$ 5,60 para R$ 5,80. A carcaça comum teve elevação de vinte centavos e chegou a R$ 5,65. No Paraná o valor da carcaça exportação recuou de R$ 5,98 para R$ 5,86 e, no Rio Grande do Sul, a carcaça permaneceu em R$ 5,80.

O pernil com osso em São Paulo subiu de R$ 6,50 para R$ 7,40, e, em Santa Catarina, de R$ 6,00 para R$ 6,30. Já no Paraná o pernil com osso seguiu cotado a R$ 6,30.

Nas exportações, Hedler afirma que com a recente desvalorização cambial o resultado tende a ser positivo, embora inferior ao registrado em outubro. Dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior indicaram que em novembro foram embarcadas 31,7 mil toneladas de carne suína in natura, com média diária de 1,6 mil toneladas, com baixa de 18,8% em relação à média diária de outubro.

O Brasil arrecadou um total de US$ 90,3 milhões com as exportações de carne suína in natura de novembro (20 dias úteis). A média diária de embarques atingiu US$ 4,5 milhões, baixa de 20,8% se comparado à média diária de US$ 5,7 milhões de outubro. Em outubro, a receita com embarques de carne suína atingiu US$ 131,1 milhões.

Hedler sinaliza que os abates de carne suína no mês de outubro atingiram 2,8 milhões de cabeças, alta de 8% frente ao volume registrado em setembro, de 2,6 milhões de cabeças. Frente a outubro do ano passado, contudo, que teve abates de 3,1 milhões de cabeças, o volume abatido neste ano foi 11% inferior. "Esse volume menor de abates contribui para explicar o bom momento vivenciado pelo setor no que tange a preços frente ao ano passado, com uma redução na disponibilidade de oferta", pontua.

A análise de preços de Safras & Mercado indicou que, no Estado do Paraná, o quilo do suíno vivo passou de R$ 3,81 para R$ 3,70 no mercado integrado. No Rio Grande do Sul, o preço seguiu em R$ 2,95 na integração, mas caiu de R$ 3,76 para R$ 3,75 no interior. Em Santa Catarina o preço seguiu em R$ 3,00 na integração e em R$ 3,70 no interior. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 4,10. No interior de Minas Gerais a cotação teve desvalorização de dez centavos e chegou a R$ 3,90. Em Mato Grosso o quilo vivo subiu cinco centavos na integração, passando de R$ 3,15 para R$ 3,20. Já no Mato Grosso do Sul a cotação continuou em R$ 2,30 na integração.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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