Futuros do boi atraem os especuladores

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A crise internacional não foi suficiente para abalar os contratos do boi gordo na BM&FBovespa, onde permanecem com um volume de negócios recorde na comparação com o ano anterior. A elevada liquidez dos contratos atrai cada vez mais os investidores. O total de contratos futuros e de opções do boi gordo negociados em outubro atingiu 169,8 mil unidades, crescimento de 33,5% em relação ao mesmo período de 2007, segundo o balanço da BM&FBovespa.

 

Na comparação com setembro deste ano, o volume desse papel teve uma ligeira redução (3,8%) por causa da menor oferta de gado nesse período, conforme avaliam os especialistas. O contrato de outubro é considerado referência porque determina o início da entressafra, que não é intensa como há alguns anos. A receita do boi atingiu R$ 4,78 bilhões em outubro, alta de 78% em relação à 2007.

 

No total, foram negociados 283,55 mil papéis no último mês, ante 273,58 mil na comparação com o mesmo período de 2007, crescimento de 3,6%. Paulo Molinari, analista da consultoria Safras & Mercado, explica que a crise deve atrair maior volume de negócios no mercado futuro de boi. "Os investidores procuram volatilidade e o cenário atual só contribui com isso", avalia. Segundo disse, o volume de negócios futuros com boi gordo neste mês tende a cair. "Mas acredito que, mesmo com a crise, a quantidade de negócios seja semelhante em 2009".

 

O café arábica continua na segunda colocação em receita e volume negociado. Mas ao contrário do boi, os contratos futuros e de opções atingiram 67 mil papéis, queda de 36% em relação a 2007. A receita recuou 26,7% no mesmo período e ficou em R$ 1,92 bilhão. Gil Barabach, analista da Safras & Mercado, diz que a volatilidade afasta os produtores do mercado. "É muito caro pagar a diferença quando o dólar sobe". Com isso, o café deverá fechar o ano na segunda colocação.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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