Ambev vê melhora em volume desde abril

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A Ambev vê melhora nos volumes depois de atingir o fundo do poço em abril, disseram executivos da empresa ontem, acrescentando que o grupo está confiante em sua capacidade de se recuperar após a crise do coronavírus cortar os lucros pela metade.
A pandemia começou a afetar as operações da Ambev em março, quando governos restringiram o movimento de pessoas e fecharam bares, restaurantes e outros estabelecimentos, prejudicando a distribuição de bebidas alcoólicas.

“Nós nos adaptamos rapidamente às mudanças trazidas pelo Covid-19 em termos de consumo e vemos os volumes melhorando sequencialmente desde abril”, disse o presidente da Ambev, Jean Jereissati, a analistas em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre.

A subsidiária brasileira da Anheuser Busch InBev lucrou R$ 1,27 bilhão entre abril e junho, queda de 51,4% na comparação anual. A margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustada recuou para 28,8% de 38,6% um ano antes.
Segundo Jereissati, a Ambev espera uma recuperação em ‘V’ em volumes e receita, mas as margens devem demorar um pouco mais para melhorar, uma vez que as condições de mercado provavelmente seguirão desafiadoras no segundo semestre de 2020.

“Um dos nossos maiores desafios daqui para frente será melhorar a lucratividade e não conseguiremos isso do dia para noite porque o futuro permanece incerto e o consumo ainda é volátil”, afirmou o vice-presidente financeiro, Lucas Lira.
A fabricante das cervejas Budweiser, Corona e Stella Artois vem intensificando esforços para cortar despesas discricionárias e tornar-se mais enxuta e eficiente, com uma estratégia mais centrada no cliente, acrescentou Lira.

Com o fechamento de bares e restaurantes, a Ambev realocou recursos para outros canais de vendas, como pequenos estabelecimentos e comércio eletrônico, incluindo o aplicativo de entregas de bebidas Zé Delivery.
“Em pouco tempo, a Ambev se reinventou usando iniciativas de vendas digitais, mantendo as partes interessadas próximas e as instalações em pleno funcionamento”, escreveram analistas do Credit Suisse em relatório, referindo-se à empresa como “um navio inafundável” ao elevar a recomendação para ‘outperform’.

“Esperamos que os ventos favoráveis do ambiente competitivo continuem soprando em favor da AmBev, pelo menos no curto prazo”, disseram.
As ações da Ambev anularam a alta de mais cedo e eram negociadas em queda de cerca de 3,5% na tarde de ontem, após subiram cerca de 5% pela manhã.

A AmBev, na qual a AB InBev possui participação de 61,9%, está presente em 16 países das Américas, incluindo Argentina e Canadá. 


Fonte: Diário do Comércio 


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