Loja chega ao cliente por meio dos celulares

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"Para se competir na nova era do varejo, eu acredito que a Tesco tenha que ser mais que uma empresa de varejo. Nós temos que nos tornar uma empresa digital também". A afirmativa de Philip Charke, CEO da Tesco, maior varejista do Reino Unido e uma das maiores do mundo, deveria ser o mantra de todas as companhias disposta a crescer e a ganhar a preferência do consumidor. É o que pensam e recomendam os especialistas. Porém, agregar as novas tecnologias, em especial as relacionadas à mobilidade do consumidor, é um grande desafio.

Passar da teoria à prática exige fôlego, investimento e disposição de todas as áreas do negócio para que a virada aconteça. Em 2011, ocupando o segundo lugar entre os principais varejistas da Coreia do Sul, mas operando com um número muito menor de lojas do que o primeiro, a Tesco lançou um desafio à equipe: Como ser o número 1 sem aumentar o número de lojas? Para embasar a missão, o grupo mergulhou nos hábitos da população local. Conhecidos como o segundo povo mais trabalhador do mundo, deslocar-se para as compras, mesmo que ao supermercado uma única vez na semana, era difícil para os sul coreanos.

A partir dessa constatação surgiu a premissa. Por que não levar a loja até o cliente? Como os sul coreanos usam o celular para quase tudo, e o acesso à banda larga é disseminado, a Tesco aproveitou a infraestrutura da telefonia celular para disponibilizar lojas virtuais nas paredes das estações do metrô. A empresa fotografou suas gôndolas e colou as imagens nas paredes. Todos os produtos expostos tinham QRCode. Ao passar o celular pelo código os consumidores podiam comprar seus produtos enquanto esperavam o trem e, ainda, programar o horário da entrega. O pagamento também era feito via smartphone. Com isso, a Tesco converteu tempo de espera em tempo de compra. Em um mês, as vendas on-line cresceram 130% e o número de novos usuários cadastrados, 76%.

Pesquisa realizada pela Gartner ressalta que 58% das conexões de internet na atualidade são "coisas", isto é, realidade aumentada, conteúdos e serviços via produtos conectados, novas rotas de direcionamento via objetos inteligentes, gestão de prédios e de infraestrutura, entre outros. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, até 2018, 70% dos trabalhadores usarão dispositivos móveis, tablets ou tablets híbridos nas suas atividades profissionais, enquanto milhões de consumidores farão uso dos mesmos dispositivos para se comunicar, pesquisar, comprar e dar opinião nas redes sociais.

Até 2020, 50 milhões de dispositivos estarão conectados à internet e, até 2019, 9,3 bilhões de linhas de celulares serão habilitadas em todo o mundo, 5,6 bilhões de smartphones estarão em uso e o tráfego das informações será 10 vezes maior.



Veículo: Valor Econômico


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