Em um ano preço médio do leite cai 7%, diz Cepea

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Pesquisa realizada sobre o mercado lácteo pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) registra quedas de preços no pagamento de agosto, referente à produção de julho.

 

Entre os sete estados tradicionalmente considerados para a média ponderada nacional (Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia), o recuo foi próximo de 3,5 centavos por litro, que representou 4,66% de queda.

 

Com isso, o preço médio "nacional" bruto foi de R$ 0,7117/litro - sem descontar o frete e 2,3% de CESSR. De acordo com o Cepea, essa média é 7% inferior em termos nominais à de agosto do ano passado (R$ 0,7654).

 

Esse tipo de ocorrência, um mês ter cotação nominal inferior à do mesmo mês do ano anterior, não era observada desde agosto de 2006, ou seja, há exatos dois anos. As quedas mais acentuadas foram registradas nos estados do Sul do País.

 

Em Santa Catarina, a redução chegou a 7 centavos por litro e no Rio Grande do Sul e Paraná, a 5. Com isso, o preço médio pago aos gaúchos foi de R$ 0,6485/litro, para os catarinenses, R$ 0,6272/litro e para os paranaenses, R$ 0,6655/litro, sem descontar frete e impostos.

 

Minas Gerais, Goiás e São Paulo foram os estados com menor variação dos preços. Mesmo assim, as quedas foram próximas a 3 centavos, levando as médias para R$ 0,7322, R$ 0,7218 e R$ 0,7637/litro, respectivamente - também sem descontar frete e impostos.

 

Analisando em conjunto a queda de preços do mês passado, a perspectiva da maioria dos compradores, naquele momento, de que haveria nova redução e ainda o aumento de preços de insumos, o produtor reduziu o ritmo de crescimento da produção.

 

De acordo com o ICAP (Índice de Captação de Leite), o volume de leite captado pelas empresas em julho foi somente 1,09% superior ao de junho. No mesmo período do ano passado, o aumento foi de 10,4%; nos anos de 2006 e 2005, superiores a 3,5%.

 

Comparando o ICAP de julho deste ano ao de 2007, constata-se que a produção está 10,2% maior. Esta é a menor diferença dos últimos 13 meses. Em abril, chegou a ser de 27% e, em junho, de 20%.

 

Para o pagamento de setembro, 93,3% dos compradores (cooperativas e laticínios) apostam na continuidade das quedas, enquanto que os 6,7% restantes acreditam na manutenção dos preços.

 

Veículo: Midiamax News


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