Feijão gera lucro para quem plantou na 3ª safra

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Preço da saca está entre R$ 120 e R$ 170 .

Os produtores que investiram no plantio do feijão terceira safra em Minas Gerais estão lucrando com a atividade. Mesmo em período de colheita, os preços estão entre R$ 120 e R$ 170 por saca de 60 quilos dependendo da região do Estado. A tendência é de manutenção dos preços firmes até a próxima safra. Mesmo que ainda distante, devido à maior rentabilidade da soja, os produtores que na safra 2012/13 migraram do feijão para a oleaginosa não devem retomar os investimento no grão em 2014.

Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a terceira safra de feijão em Minas Gerais deve ficar apenas 0,9% superior à registrada em igual período da safra anterior. O volume produtivo esperado é de 217,2 mil toneladas.

A área de feijão está estimada em 85 mil hectares, crescimento de 3,3% quando comparada à safra anterior. A colheita do grão já foi iniciada e deve se estender até meados de setembro.

De acordo com o coordenador técnico de culturas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) Wilson José Rosa, devido ao período de colheita - que amplia a oferta no mercado - os preços recuaram, porém continuam lucrativos.

Nas regiões do Triângulo, Noroeste, Alto Paranaíba e Sul a saca de 60 quilos é negociada entre R$ 120 e R$ 140. No final de julho e início de agosto, o mesmo volume era vendido entre R$ 180 e R$ 200. No Norte do Estado a saca está avaliada em R$ 140, queda de 14% frente aos R$ 170 praticados no início de agosto.

"A terceira safra é cultivada por produtores de grande porte, que investem em tecnologia e na irrigação. A queda registrada nos preços aconteceu devido ao pico da colheita do grão, o que deve ser revertido ao longo das próximas semanas. Mesmo assim os preços estão lucrativos e bem acima do mínimo estipulado pelo governo que é de R$ 80 por saca de 60 quilos", disse Rosa.

As perdas registradas na primeira safra de 2013, que foram promovidas pelas chuvas e pela infestação da mosca branca, aliadas às notícias de que a produção de soja nos Estados Unidos pode ser menor que a projetada, o que deve manter os preços da soja em alta, deverá interferir na intensão do plantio da primeira safra de feijão em 2014.

"A tendência, a princípio, é que os produtores que migraram para a soja continuem investindo na oleaginosa. Além dos preços mais favoráveis, a liquidez da soja é maior o que vai inibir o retorno dos produtores para o cultivo do feijão", disse.

Em Unaí, no Noroeste do Estado, a colheita da terceira safra de feijão já abrange cerca de 60% da área plantada. A qualidade do grão é superior devido ao maior controle de pragas e a irrigação.

De acordo com o coordenador técnico regional da Emater-MG, unidade Unaí, Álvaro de Moura Goulart, os produtores da região devem decidir o plantio da próxima safra em outubro.

"Pelo cultivo do feijão ser mais arriscado do que o da soja, e considerando os problemas e as perdas enfrentadas em 2013, a tendência é que ocorra nova migração para a oleaginosa. Mas teremos certeza apenas em outubro, quando o produtores começam a se prepararem para o plantio", disse Goulart.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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