UFV fecha parceria com a Holanda

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Trabalhos desenvolvidos entre a instituição mineira e a europeia envolvem a cadeia do leite.

Com pouco mais de dois anos de funcionamento, o Parque Tecnológico de Viçosa (Tecnoparq), na Zona da Mata mineira, chama cada vez mais a atenção de instituições estrangeiras. A visita mais recente, que deve resultar em um workshop em novembro, foi a do diretor da América Latina e do Caribe da Wageningen UR, Peter Zuurbier instituição internacional de colaboração entre a Universidade de Wageningen, da Holanda, e a DLO Fundação. A ideia é estabelecer, a princípio, ações de cooperação, sobretudo relacionadas a conhecimentos que envolvem a cadeia do leite.

Segundo a diretora de Estudos do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (Centev/UFV), Adriana Ferreira de Faria, o encontro foi promovido devido a esforços da Diretoria de Relações Internacionais da UFV e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes). "Aproveitamos uma viagem de Zuurbier ao Brasil e ele se interessou pela pujança científica e modelo de inovação implantado em Viçosa, muito similar ao que se tem na Holanda, uma vez que envolve universidade, governo e iniciativa privada", explica ela.

Os trabalhos desenvolvidos entre a instituição mineira e a europeia devem envolver as diferentes áreas de conhecimento relacionadas à cadeia do leite, como Medicina Veterinária, Nutrição e Zootecnia. De acordo com Adriana Faria, Viçosa já contempla um Arranjo Produtivo Local (APL) de Biotecnologia, com empresas que desenvolvem projetos específicos nessa área. Além do trabalho dessas empresas, ela aponta também a excelência dos pesquisadores e a existência de um centro de pesquisa dentro do Tecnoparq, denominado Polo do Leite, que desenvolve pesquisas voltadas para o setor.

Desdobramentos - O contato inicial já começa a gerar desdobramentos, uma vez que está previsto para novembro um workshop entre as instituições, cujo resultado deve ser a elaboração de ações de parceria mais concretas. A diretora do Centev menciona que os benefícios da cooperação podem atingir diretamente não apenas a UFV, mas se estender a toda a economia mineira. Isso porque essa aproximação favorece a atração de empresas holandesas para os parques tecnológicos que se espalham pelo Estado, o que gera novos negócios e empregos voltados para profissionais com alto grau de qualificação.

Ela ainda ressalta que a UFV recebe praticamente todos os meses a visita de instituições de outros estados brasileiros e de comitivas estrangeiras. "Embora ainda não seja possível apresentar resultados tão concretos, nossa rede de contatos se amplia cada vez mais, o que possibilita a concretização dos nossos objetivos em um prazo mais curto. Estamos localizados no interior de Minas Gerais e o caminho para o desenvolvimento consiste, sem dúvidas, no empreendedorismo de base tecnológica", avalia.

No momento, um dos principais objetivos da UFV é se aproximar mais da Coreia do Sul, país que se desenvolveu economicamente a uma velocidade acelerada nas últimas décadas, além dos demais países asiáticos que integram os Brics, China e Índia. A Índia é especialmente interessante em função das suas inúmeras empresas de Tecnologia da Informação (TI), que também são foco do Tecnoparq de Viçosa. "Além de tentar atrair empresas desses locais, temos muito interesse em conhecer mais a fundo o processo de desenvolvimento tecnológico pelo qual esses países passaram", frisa.

O Tecnoparq de Viçosa conta com seis empresas instaladas, enquanto outras cinco estão em processo de seleção. Caso os novos contratos se concretizem, o parque tecnológico deve receber, a partir de 2014, investimentos de R$ 30 milhões, de empresas de Biotecnologia e TI. Conforme Adriana Faria, vários são os fatores responsáveis por impulsionar o Parque. Entre eles, destaca-se a lei municipal de inovação, que prevê, entre outras medidas, benefícios fiscais para empresas de base tecnológica interessadas no município. "A sociedade só tem a ganhar com esse processo de desenvolvimento econômico qualificado, que envolve um modelo de hélice tríplice, com participação do governo, empresa e universidade", comemora.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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