Emprego formal acumula aumento de 5,4% em 2008

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O Ministério do Trabalho informou que foram criados 203,2 mil empregos com carteira assinada em julho, o que significa recorde para esse mês e crescimento de 60% sobre o saldo entre contratações e demissões em julho de 2007. No resultado acumulado de janeiro a julho, 1,564 milhão vagas foram abertas, o que mostra elevação de 28% em relação ao total de empregos criados nos primeiros sete meses do ano passado. O estoque desse da ocupação formal chegou a 30,5 milhões de postos em julho, aumento de 5,4 em relação aos dados de dezembro de 2007. 

 

Os números de janeiro a julho do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelam que os melhores desempenhos setoriais foram dos setores de serviços - criação de 490, 1 mil empregos -, agricultura e construção civil, pelos aumentos de 18,14% e 15,18%, respectivamente. 

 

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, comentou que há um crescimento generalizado da economia, impulsionado por investimentos importantes nos setores público e privado. Ele fez questão de dizer que, apesar da demanda aquecida, não estão faltando produtos no mercado, o que afasta preocupações com o aumento da inflação. Lupi manteve sua previsão de 2008 encerrar-se com o recorde de criação de mais de 2 milhões de empregos com carteira assinada. Em 2007, foram criados 1,8 milhão. Nos últimos 12 meses, o saldo acumulado do Caged é de 1,959 milhão de vagas. 

 

Nos primeiros sete meses do ano, os mais de 490 mil postos criados no setor de serviços tiveram as maiores contribuições dos segmentos de comércio/administração de imóveis (176.083), alojamento/alimentação (129.150) e medicina/odontologia (48.863). 

 

A indústria de transformação criou 355,4 mil empregos com carteira assinada de janeiro a julho, com os melhores resultados sendo registrados nos ramos de alimentos (93.309), metalurgia (44.409), mecânica (37.253), materiais de transporte (37.760), calçados (26.320), minerais não-metálicos (13.622) e papel/papelão (10.282). 

 

Na construção civil, o Caged mostra que foram criados 232,2 mil postos de trabalho no período janeiro-julho. Lupi também detalhou que o primeiro programa de "saída" do Bolsa Família vai qualificar cerca de 200 mil pessoas em 13 regiões metropolitanas. Serão 200 horas/aula de qualificação para oito especializações da construção civil. A previsão é de as aulas começarem em outubro. O edital para a seleção das entidades educadoras já foi publicado. 

 

Segundo o ministro, a iniciativa foi estudada por oito meses pelos ministérios do Trabalho, do Desenvolvimento Social e pela Casa Civil da Presidência da República. A previsão é de serem absorvidos R$ 150 milhões oriundos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). 

 

A agricultura foi responsável por um saldo positivo de 271,9 mil empregos nos sete primeiros meses do ano. No comércio, foram criadas 157,4 mil vagas nesse período. A administração pública contribuiu com 39.263 postos e a extração mineral contratou 9.823 empregados com carteira assinada. 

 

O governo também informou que, em julho, o emprego formal nas nove maiores regiões metropolitanas teve mais 69.776 vagas. Nessas nove regiões, o melhor desempenho foi em São Paulo (31.392), seguida do Rio de Janeiro (13.938). Nas áreas do interior do país, a criação de postos de trabalho foi maior, com saldo de 90.710 no Caged, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. 

 

Em julho, apenas dois Estados da federação apresentaram saldos negativos no Caged. Foram eles Roraima (192 empregos a menos) e Mato Grosso do Sul (948 vagas fechadas). Nesse mês, o maior saldo é o de São Paulo, com 64.065 vagas criadas. Em seguida, vêm Minas Gerais (31.843), Rio de Janeiro (19.014), Paraná (13.635), Ceará (10.629), Santa Catarina (7.585), Bahia (6.685) e Pernambuco (6.382), entre outros. A maior variação percentual, na comparação com julho de 2007, foi a do Maranhão (1,89%). 

 

Veículo: Valor Econômico

 


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