Preços agrícolas fecham setembro com aumento de 5,43%

Leia em 2min

O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) fechou setembro com alta de 5,43%, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O índice de preços dos produtos de origem animal subiu 6,88%, enquanto o índice de preços dos produtos de origem vegetal apresentou elevação de 4,84%.

 

As altas mais expressivas ocorreram nos preços do feijão (54,74%); da laranja para mesa (26,02%); do algodão (23,11%); do milho (20,32%); da carne de frango (19,11%) e do trigo (18,52%). "A estiagem prolongada levou a perdas na produção e atrasou o plantio e a entrada do feijão novo (em especial nas principais regiões produtoras do Sul-Sudeste)", dizem os pesquisadores José Alberto Angelo, José Sidnei Gonçalves, Luis Henrique Perez, Danton Leonel de Camargo Bini e Eder Pinatti.

 

"Apesar de se notar certa resistência no atacado aos movimentos exacerbados de elevação, o efeito conjuntural do atraso do plantio pela seca somente será dissipado em novembro com as primeiras colheitas da safra de verão."

 

Na laranja de mesa, a demanda da agroindústria citrícola, no mercado livre da fruta in natura, pressionou as cotações, em uma conjuntura de produção menor na presente safra, associada à elevação do consumo com os primeiros dias mais quentes deste segundo semestre. Mas, "até o momento, pode-se caracterizar movimento de recuperação, uma vez que [os preços] estão pouco acima dos custos de produção praticados", dizem os analistas do IEA.

 

Os reduzidos estoques internacionais do algodão, associados à produção brasileira insuficiente para atender à demanda, decorrente da economia em crescimento, pressionam os preços internos da fibra para cima. Esta tendência, na opinião dos técnicos, persistirá até a entrada de produto em volumes substanciais no mercado internacional, possibilitando importações. "Se isso não ocorrer na colheita da próxima safra - nos primeiros meses de 2011 - haverá reequilíbrio no mercado."

 

Problemas climáticos de seca na Austrália, Rússia e Ucrânia e a nova estimativa norte-americana elevaram os preços de milho, trigo e soja no mercado internacional e criaram expectativas no mercado financeiro de aposta na alta dos alimentos no mercado futuro, observam os pesquisadores. A perspectiva de alta nas principais bolsas formadoras dos preços internacionais pode ajudar na superação da valorização cambial, aliviando no curto prazo a queda do poder de compra da moeda nacional.

 

Veículo: DCI


Veja também

Nestlé x Cade

A Nestlé levou ao governo uma proposta de venda de ativos para tentar encerrar a briga judicial que se arrasta de...

Veja mais
Corn Products escolhe o Brasil para instalar fábrica de adoçantes

A indústria brasileira de alimentos acaba de atrair mais um investimento norte-americano. A Corn Products Interna...

Veja mais
Sob risco de interdição, Ceagesp será reformada

Por causa de infiltrações, fiação irregular e outros problemas no pavilhão, feira de ...

Veja mais
Rústica lichia tem primeira praga no País

Pomares comerciais em São Paulo e Minas estão sendo atacados por um ácaro, provocando perda de at&e...

Veja mais
Comerciantes lançam campanha de renegociação das dívidas

Com início em novembro, ação espera adesão de 40% do mercado   Uma campanha nacional ...

Veja mais
Atividade do setor registra alta de 10% no ano, aponta Serasa Experian

A atividade do comércio registrou expansão de 10% no acumulado de janeiro a setembro ante o mesmo per&iacu...

Veja mais
Falta de trigo no mercado causa aumento do pãozinho

Além das altas do feijão e da carne, a falta de trigo no mercado deixou o pãozinho mais caro. Pesqu...

Veja mais
Preços dos brinquedos são o melhor presente

Nas lojas da 25 de Março, os objetos de desejo mais procurados pelas crianças estão na faixa de R$ ...

Veja mais
Gastos entre R$ 51 e R$ 100 no comércio de MG

Alta do tíquete médio neste ano na compra dos presentes está relacionada com o cenário econ&...

Veja mais