Comerciantes lançam campanha de renegociação das dívidas

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Com início em novembro, ação espera adesão de 40% do mercado

 

Uma campanha nacional de recuperação de crédito pelo comércio será lançada de forma pioneira no Rio Grande do Sul. Idealizada pela CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas), a campanha tem como slogan "Quero meu cliente de volta". No Estado, a iniciativa será coordenada pela FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas).

 

A ideia é que a campanha comece a vigorar em novembro e tenha a adesão de pelo menos 40% do mercado. Como a decisão de participar é de cada empresa, a FCDL espera que as CDLs, através dos seus departamentos comerciais, entrem em contato com os associados para mostrar a importância dessa ação.

 

O presidente da FCDL-RS, Vítor Augusto Koch, diz que será permitida a repactuação das dívidas dos clientes inadimplentes sem a cobrança de juros. Eles quitarão suas dívidas pagando apenas correção monetária sobre o débito, que será parcelado em 12 vezes, com entrada de 30% do valor devido. "Ao repactuar a dívida, o cliente sai imediatamente do cadastro de inadimplentes, voltando ao mercado. É bom para ele, que se reabilitará sem pagar juros e de forma facilitada, e bom para nós, lojistas. O que queremos é recuperar os clientes que hoje estão com problemas", diz Koch.

 

Acompanhado do auditor Alcebíades Santini, o presidente da FCDL teve ontem uma audiência com o juiz Daniel Englert Barbosa, coordenador das Centrais Judiciais de Conciliação e de Mediação, buscando estabelecer uma parceria com o Poder Judiciário. O magistrado acolheu a ideia da FCDL, achando que ela pode facilitar a conciliação entre os devedores e credores, e prometeu levá-la à apreciação da Corregedoria.

 

Barbosa comentou que, de modo geral, as pessoas não se tornam inadimplentes por esperteza, mas sim porque sofrem algum revés ou perdem o controle sobre os gastos da família. A FCDL estima que de 10% a 12% das compras feitas a prazo a cada mês no Estado, que representam 60% do total vendido, não são pagas pelos consumidores. "Às vezes na terceira geração de uma família surge a inadimplência. Não é razoável que uma relação duradoura não possa ser retomada," afirma Koch. "Na ânsia de vender, muitas vezes, os lojistas acabam concedendo crédito acima da capacidade de endividamento do cliente."

 


Veículo: Jornal do Comércio - RS


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