Tendências do marketing de influência e conexão com performance digital

Leia em 4min 20s

Relatório explora a Creator Economy e como os diferentes perfis de influenciadores se encaixam com as etapas da jornada de compra

 

Estudo sobre o marketing de influência e sua conexão com estratégias de performance, realizado pela Cadastra, aponta que no Brasil, até julho de 2022, existiam mais de 500 mil influenciadores com mais de 10 mil seguidores (fonte: NielsenIQ) e que, só em 2022, mais de 40% dos brasileiros já compraram ou consumiram algo por influência de anúncios de celebridades, ou influencers nas redes sociais. Não por acaso, o Brasil é o país com consumidores mais influenciados na hora de tomar sua decisão de compra (Statista Global Consumer Survey) e segundo país que mais segue influenciadores atrás apenas da Filipinas.

 

O estudo traz também que 60% das pessoas preferem creators que falem com elas e com quem se identifiquem; 50% realmente ouvem as opiniões de especialistas sobre o assunto tratado; e somente 20% dos entrevistados dão preferência e importância para quem tem mais seguidores e status nas redes (Studio ID).

 

“O universo dos influenciadores e creators, ainda que tenha muito a ser explorado e pareça ter novidades incessantes, já tem características bem estabelecidas. Um dos fatores que desponta como mais relevante na hora de influenciar é ter uma personalidade que as pessoas reconheçam e se identifiquem. Quanto mais argumentos, informações e credibilidade, maior é o nível de convencimento e influência”, afirma Hugo Novaes, sócio e VP do Creative Hub da Cadastra, líder da equipe responsável pelo estudo.

 

Performance e perfil dos influenciadores

 

O estudo aponta que uma iniciativa de influência bem-sucedida começa pela definição de um objetivo claro, que pode ser: gerar awareness para a marca; gerar leads a serem trabalhados pelo marketing e vendas; aumentar a presença digital da empresa; ou impulsionar vendas diretas no e-commerce. Tendo isso em vista, há três estratégias mais usuais: ativação, campanha e embaixadores, conforme descrito no quadro.

 

Chega então a hora da escolha do influenciador mais indicado para cada marca, estratégia e ocasião, considerando claro os cuidados de brand safety já conhecidos no mercado. “É importante ressaltar também que o processo de compra não é linear, logo, é fundamental impactar os consumidores em vários momentos de sua jornada com influenciadores de diferentes perfis /momentos do funil de vendas. Desta forma, podemos sim falar de performance e influência gerando grandes resultados para as marcas”, ressalta o VP do Creative Hub da Cadastra.

 

Tendências

 

Foram identificadas cinco tendências principais nesta área. A primeira delas é a inclusão e diversidade de influenciadores, criatividade e apoio a causas sociais são pontos valorizados e exigidos pela audiência quando falamos de Marketing de Influência. Independente do objetivo das campanhas, os consumidores estão com os olhos cada vez mais atentos para a representatividade. O segundo movimento é o aumento de parcerias com nano e microinfluenciadores, tanto pela questão dos custos mais baixos, quanto pelo maior engajamento e proximidade que costumam ter.

 

Os vídeos curtos (3) continuam em alta, principalmente no TikTok e Reels do Instagram. Eles são fáceis de serem consumidos e, além de prender a atenção do usuário, conseguem entreter e, ao mesmo tempo, passar a mensagem definida na estratégia de forma leve e clara. Com a pandemia as pessoas passaram a consumir muito mais conteúdos na internet e com isso veio a necessidade desse consumo ser por conteúdos mais autênticos (4), que transparecem verdade e fazem com que a audiência se identifique com o que está consumido. Uma pesquisa aponta que 90% dos consumidores brasileiros confiam muito mais em empresas com propósito claro e definido (5 – inPress Porter Novelli). Com isso, é esperado que as marcas se posicionem, tenham claro seus valores e demonstrem isso, na prática, abrindo espaço para conversas com o seu público.

 

Creators economy

 

O Estudo faz uma importante diferenciação. Os creators são pessoas, que através da criatividade, criam conteúdos originais de forma mais ampla, seja para marcas, empresas, clientes ou o que for. Eles podem criar seus conteúdos por puro lazer ou de forma profissional, a depender do seu público e objetivos.

 

Já os influencers são pessoas que usam as plataformas digitais e seu poder de engajamento para influenciar pessoas. Nem sempre eles são criadores de conteúdo, mas através da sua relevância, promovem produtos, serviços ou marcas a fim de fazer com que sua comunidade, seus seguidores, consumam aquilo que estão, de alguma forma, divulgando. Veja no quadro as principais diferenças.

 

“Em ambos os casos, trata-se de uma nova fase da economia, a creators economy, em que, por meio das ferramentas digitais, os criadores de conteúdo são capazes de monetizar e acessar a receita de suas criações. Esse movimento passa pelas empresas desenvolverem serviços e ferramentas que auxiliem os influenciadores nessa jornada. Exemplo disso são plataformas como a Twitch, o Instagram, TikTok e OnlyFans”, explica Bárbara Bronzatti, gerente de social media & content da Cadastra.

 

Redação SuperHiper 


Veja também

Amor e economia: como o cashback pode conquistar consumidores no Dia dos Namorados

A tática auxilia no aumento do ticket médio das vendas, especialmente em datas comemorativas como hoje, e ...

Veja mais
Festas juninas podem ter aumento de até 20% nas vendas de produtos sazonais

Itens mais vendidos são os usados em receitas tradicionais; supermercados se preparam com estoque, preços ...

Veja mais
“São João” aquece o setor de comércio e serviços

Sabendo do potencial da data, confira dicas de especialista para alavancar as vendas no período   As festa...

Veja mais
Rotulagem de alimentos contendo cereais já está em vigor

Regra, que entrou em vigor dia 22 de abril, identifica e classifica um alimento à base de cereais como integral; ...

Veja mais
Megamidia Group contrata Celso Ferreira como VP Comercial e Trade

Com grande conhecimento no setor, executivo fez parte de grandes empresas do varejo como GPA, Supermercados Lopes, Rold&...

Veja mais
Condições econômicas moldam o comportamento dos consumidores em 2023

Estudo avalia que os shoppers estão dispostos a negociar preços, optar por marcas próprias e gastar...

Veja mais
Empresa alimentícia reforça estratégia em produtos e serviços com inovação

Além de novos produtos, Seara apresenta programas que criam oportunidades de negócios para os clientes rev...

Veja mais
Consumidor muda comportamento nos supermercados no primeiro trimestre

Panorama do Consumo constata que o brasileiro comprou menos itens para driblar a alta dos preços   Um leva...

Veja mais
Engajamento social de influenciadores potencializa a decisão de compra

Estudo mostra que 54% dos entrevistados consideram a preocupação de criadores de conteúdo no Linked...

Veja mais