Preço do suíno tem desvalorização de 1,86% na região Centro-Sul do país

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O mercado brasileiro de carne suína voltou a apresentar desvalorização de preços nesta semana. A queda no Centro-Sul ficou em 1,86% ante o último dia 7 e, de acordo com o analista de Safras & Mercado Allan Hedler, reflete a dificuldade na comercialização da carne nos patamares de preço atuais no mercado atacadista. "Essa condição fez com que os frigoríficos também pressionassem as cotações do animal vivo", explica.

Hedler sinaliza que se o preço da carne suína é considerado muito alto no varejo, a dona de casa, por exemplo, vai optar por outro tipo de carne. Com a demanda recuando, o mercado é obrigado a pressionar as cotações, o que acabou acontecendo nas últimas semanas.

Conforme o analista, os preços ainda podem recuar mais um pouco no curto prazo. Porém, a tendência é de que voltem a subir um pouco até o final do ano, visto que esta é a época de maior demanda, com as festas de final de ano e recebimento do 13º salário.

No mercado de atacado, Hedler diz que o preço da carcaça tipo-exportação caiu quarenta centavos em São Paulo em relação ao dia 7, passando de R$ 6,10 para R$ 5,70. A carcaça comum teve queda de vinte centavos, passando de R$ 5,75 para R$ 5,55. Já no Paraná a carcaça tipo exportação teve valorização de quinze centavos, passando de R$ 5,90 para R$ 6,05.

A análise semanal de preços de Safras & Mercado indicou que em São Paulo, na quinta-feira, dia 14, a arroba foi cotada a R$ 76,00, ante os R$ 78,00 praticados na semana passada. No Estado do Paraná, o quilo do suíno vivo passou de R$ 3,77 para R$ 3,85 no mercado integrado, mas caiu de R$ 3,80 para R$ 3,60 no Oeste do Estado.

No Rio Grande do Sul, o preço subiu de R$ 2,89 para R$ 2,92 na integração, mas caiu de R$ 3,79 para R$ 3,76 no interior. Em Santa Catarina o preço seguiu em R$ 3,00 na integração, recuando de R$ 3,80 para R$ 3,70 no interior. Em Goiás o quilo vivo passou de R$ 4,30 para R$ 4,10. No interior de Minas Gerais a cotação teve desvalorização de vinte centavos e chegou a R$ 4,10 também. Em Mato Grosso o quilo vivo seguiu em R$ 3,35 na integração.

No que tange às exportações, dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) indicaram que o país embarcou 52,022 mil toneladas de carne suína em outubro, queda de 15,74% frente às 61,742 mil toneladas embarcadas no mesmo mês do ano passado. Conforme a entidade, o volume superou as 45,996 mil toneladas em setembro, mas mesmo que a média de vendas externas, nos últimos três meses do ano, se mantenha em torno de 50 mil toneladas, 2013 não deverá terminar com um resultado acima de 540 mil toneladas.

De janeiro a outubro, o Brasil exportou 441.311 toneladas, queda de 9,93% ante o mesmo período de 2012 (489.972 t), com uma receita de US$ 1,16 bilhão, inferior em 7,86% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado (US$ 1,25 bilhão).

Os principais destinos das vendas, em outubro, foram Rússia, com 11.659 toneladas, crescimento de 7,76% na comparação com o mesmo mês de 2012; Hong Kong, com 11.096 toneladas, aumento de 0,98%; Ucrânia, com 7.859 toneladas, queda de 54%; Angola, com 5.332 toneladas, retração de 4,58% na comparação com outubro do ano passado; e Venezuela, com 3.506 toneladas, encolhimento de 31,96%.

Conforme as perspectivas de Safras & Mercado, os embarques de carne suína no ano devem ficar em 535 mil toneladas, 5,6% abaixo do volume exportado em 2012. A disponibilidade interna deverá encerrar o ano com 15,8kg por habitante, 2% abaixo do número registrado em 2012, que foi de 16,1kg por habitante.

Hedler indica que, baseada na lenta recuperação do setor, a produção deverá atingir 3,64 milhões de toneladas em 2013, 1,8% a menos que o volume registrado em 2012, de 3,7 milhões de toneladas. "No ano que vem não deverá ficar longe disso, com uma estimativa de 3,65 milhões de toneladas", projeta.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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