Dicas para compras online seguras

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Entregar as compras no prazo prometido num País com dimensões continentais e ter uma estrutura preparada para suportar eventuais fraudes são alguns dos principais desafios no final do ano para as lojas recém chegadas ao comércio eletrônico.

 

Com o objetivo de ajudar estes novos empreendedores virtuais a superar estas dificuldades e garantir a sustentabilidade do negócio na rede, o Movimento Internet Segura (MIS), comitê da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net) dedicado a orientar o usuário da rede quanto às melhores práticas de navegação na web, está oferecendo dicas sobre estes temas.

 

O comércio eletrônico no Brasil vem crescendo de forma acentuada nos últimos anos, com variações anuais próximas a 50%. Hoje se estima em quase 12 milhões o número de consumidores que fazem compras pela rede e cerca de 15 mil lojas diferentes vendendo produtos e serviços pela internet.

 

Estimativas do MIS apontam que cerca de 40% a 45% do número de lojas estreantes deixa de existir a cada ano, renovada pelo mesmo ou maior volume de novos empreendedores que resolvem se arriscar na modalidade. "Em função do grande aumento das vendas de Natal, os últimos meses do ano costumam ser uma época decisiva para o sucesso ou o fracasso destes novos empreendedores. Por isso o Movimento tomou a iniciativa de auxiliar", afirma o coordenador do MIS, Igor Rocha.

 

Abordagem. O diretor executivo da camara-e.net, Gerson Rolim, afirma que as dicas para os novos lojistas virtuais representam um marco da ampliação de abordagem do MIS. Segundo ele, o Movimento é uma das principais iniciativas da camara-e.net.

 

"Iniciado em 2004, este comitê sempre foi muito ativo no seu objetivo de propagar os princípios de segurança na internet para o usuário final. Com este conjunto de dicas ele demonstra que está consolidado ao ponto de auxiliar também na preparação das empresas para que as mesmas consigam aproveitar todo o potencial de negócios da internet com o menor nível de risco possível" comenta.

 

O consultor do MIS, Gastão Mattos, explica que a logística é um dos fatores críticos para os ingressantes no mercado. "A maior parte dos pedidos são originadas nos grandes centros, mas é preciso ter em mente que haverá demanda de toda a parte e, com isso, a necessidade de entrega em todos os municípios da União. Por isso, o provedor de logística escolhido precisa ter esta capilaridade de entrega", diz.

 

O MIS adverte para a necessidade de trabalhar com mais de uma empresa especializada na entrega. "É recomendável, em um dado estágio de evolução de uma nova loja, que ela passe a utilizar ao menos dois provedores logísticos, um deles os Correios, único com capacidade de entrega nacional sem restrições, e um provedor privado", diz Gastão.

 

Diversidade. A diversidade de meios de pagamento oferecidos aos clientes é outro fator que merece atenção especial por parte dos novos lojistas da internet. Além de trabalhar com todas as opções disponíveis, como cartões, boleto, débito bancário e celular, é fundamental que o lojista tenha uma estratégia para lidar com o chamado chargeback, que são compras fraudulentas.

 

Gastão explica que na regra dos cartões de crédito, por exemplo, as compras na internet são consideradas não presenciais e, com isso, todo o risco de contestação deve ser assumido pelo lojista. Assim, compras aprovadas pelas bandeiras, mas dias depois contestadas pelo portador do cartão (caso de cartão roubado ou clonado, ou auto-fraude), são debitadas integralmente do lojista, sem direito de contestação.

 

"O processo de prevenção apresenta alternativas para todos os casos, desde a criação de regras ou políticas, muitas vezes executadas manualmente pela loja para identificar riscos, até opções mais sofisticadas, com o uso de sistemas de inteligência artificial que medem o risco de cada transação, e tentam identificar o potencial de fraude de cada uma delas, para eventualmente, suspender uma entrega, ate que haja outras confirmações", afirma.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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