Boas notícias para quem compra em sites

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Mesmo com a alta do dólar, o índice e-Flation - inflação da internet - mantém a tendência de queda do ano e volta a registrar deflação, atingindo 1,99% em outubro. O indicador, desenvolvido pelo Provar - Programa de Administração do Varejo, da FIA - Fundação Instituto de Administração, em parceria com a Felisoni Consultores Associados, tem a proposta de monitorar as variações dos preços de produtos consumidos on-line, acompanhando as tendências de varejo de bens e serviços e mercado de consumo.

 

Os preços da categoria Cine e Fotos foram os que registraram maior queda, de 4,98%, seguidos de Eletroeletrônicos, que tiveram deflação de 3,47%. Na seqüência aparecem os grupos Telefonia e Celulares, com 1,86%; Livros, 1,14%; Informática, 0,70%; e Linha Branca, 0,61%.

 

Para o coordenador geral do Provar, Cláudio Felisoni de Angelo, o varejo prepara-se para o lançamento de novos produtos, realizando promoções para se desfazer dos modelos mais antigos. "O indicador apurado para outubro sinaliza que os impactos da crise internacional ainda são moderados sobre os preços, prevalecendo os efeitos relacionados à sazonalidade do varejo e aos preparativos para as vendas do final do ano".

 

Mesmo com a queda, o e-Flation apontou inflação em outros itens do e-commerce: Perfumes e Cosméticos, 1,93%; Eletroportáteis, 1,88%, CDs e DVDs, 1,34% e Brinquedos, 0,49%. O e-Flation de outubro foi avaliado a partir da segunda quinzena do mês anterior à primeira do mês em referência.

 

Os itens que compõem a cesta de cada uma das categorias são aqueles que, sendo os mais anunciados entre os sites mais procurados, compõem o que se chama de campeões de vendas. A verificação da inflação para automóveis nas vendas online é elaborada à parte e serve como fonte de dados os sites das montadoras brasileiras. A cesta é composta pelos modelos mais populares de cada uma destas empresas, uma vez que estes modelos são considerados os mais vendidos.

 

Consumidores. O número de brasileiros que utilizam a internet para fazer compras já soma 10 milhões de consumidores. O dado foi apresentado nesta quinta-feira pelo gerente de Comércio Eletrônico dos Correios, Lemuel Costa e Silva, durante abertura do Ciclo MPE.net, rodada de palestras sobre vendas online para micro e pequenas empresas realizada pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico em parceria com o Sebrae e outras empresas do setor, em Brasília.

 

Segundo o gerente dos Correios, em apenas quatro anos, o comércio online ganhou seis milhões de novos consumidores no Brasil. Responsável pelo Correios Net Shopping, site que hospeda empresas interessadas em vendas na web, Leonel afirmou que o faturamento do setor cresce cerca de 50% a cada ano.

 

"O comércio eletrônico completa 10 anos em 2008, consolidado e com muitos desafios. Hoje, ocupar espaço na rede é quase uma obrigação para as empresas. A dinâmica da internet é muito rápida e quem não estiver atento corre o risco de perder um grande filão do mercado. Só no ano passado, as vendas registraram R$ 6,3 bilhões", afirma o gerente dos Correios.

 

O objetivo do Ciclo MPE.net é atrair empresas do mercado real para a economia virtual. Este ano, o evento foi realizado em 11 cidades, entre as quais São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e Porto Alegre. De acordo com a gerente da Unidade de Acesso a Mercados do Sebrae, Raissa Rossiter, cerca de 2,5 mil empresários participaram das palestras, que contam com a parceria de empresas como UOL, Banco do Brasil, Google, Intel, Locaweb, Verisign e Microsoft.

 

"A cada encontro, pelo menos 100 novas empresas se cadastraram na Bolsa de Negócios do Sebrae com o objetivo de buscar novas oportunidades e conhecer as ferramentas do mercado eletrônico", afirma Rossiter.

 

Vitrine. A Bolsa de Negócios é uma espécie de vitrine eletrônica na qual as empresas interessadas em ampliar mercados usam a internet para buscar novos parceiros para seus negócios. A empresa faz sua oferta ou procura e o sistema cruza os dados automaticamente. Não há comercialização direta, transações comerciais e divulgação de preços.

 

O serviço é totalmente gratuito. Podem se cadastrar micro e pequenas empresas, empresas formais, cooperativas e instituições parceiras do Sebrae com foco na inserção na economia digital. As informações sobre o funcionamento da Bolsa de Negócios estão disponíveis no site http://www.bolsa.sebrae.com.br/.

 

O cadastro já conta com 7,6 mil empresas, que oferecem 6,7 mil produtos e 4,8 mil serviços. A maioria dos estabelecimentos pertence ao setor de serviços (40,3%) e comércio (35,8%). Há ainda empresas da indústria (23,1%) e da agropecuária (0,7%).

 

"A todo instante empresas acessam o site para fazer propostas de compra ou venda. O cadastro é uma ferramenta que quebra qualquer tipo de barreira geográfica, diminui custos e amplia a agilidade nos negócios", explica Eraldo Ricardo, gestor da Bolsa de Negócios do Sebrae.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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