Os caminhos para a democratização do GC

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Durante a 8ª Live Supermeeting ABRAS, a Ambev e as bandeiras Angeloni e Prezunic falaram de suas experiências com o gerenciamento por categoria e da importância de tornar este processo mais presente no varejo brasileiro 

 

Gerenciamento por categoria, ou simplesmente GC, e colaboração são dois assuntos de extrema importância para o varejo brasileiro e, por isso, foram debatidos no final da tarde de ontem, terça-feira (10), na 8ª Live Supermeeting ABRAS, transmitida ao vivo pelo canal da entidade no Youtube. Celso Furtado, vice-presidente de Vendas e Marketing da ABRAS, abriu os trabalhos do encontro cujo tema central foi A importância da colaboração para a democratização do GC. A primeira fala de Furtado trouxe um pouco da história do gerenciamento por categoria.  

 

“É uma prática que nasceu nos Estados Unidos em prol de uma parceria entre indústria e varejo. Sempre buscando como trabalhar melhor a categoria e prestar o melhor serviço para o consumidor. Prática esta que evoluiu e veio desembarcar no Brasil no meio da década de 1990. A partir daí, acabou sendo trabalhada de uma forma muito intensa, ocorreu uma velocidade de implementação do varejo de uma forma importante e a indústria também veio junto dentro desse processo. O GC se consolidou, houve uma série de impactos e hoje ele volta à tona de novo como uma área estratégica e importante para o desenvolvimento do setor”, afirmou o executivo da ABRAS. 

 

Para aprofundar a conversa, a live contou com as presenças de Nelson Mattera Neto, diretor de Trade Marketing Autosserviço da Ambev, patrocinadora do evento, e os varejistas Gerson Estevam, diretor comercial da bandeira Prezunic (RJ), e Samuel Duarte Matos, gerente de gerenciamento por categorias da rede Angeloni (SC). Para moderar o encontro, o convidado foi Wagner Picolii, gerente de atendimento ao varejo NielsenIQ, que compartilhou que de seus 41 anos de Nielsen no Brasil, 25 foram dedicados ao GC. Embora, atualmente, ele seja o responsável por buscar colaboradores para o painel da NielsenIQ, o especialista confessou: “Eu nunca saio do GC e acho que o GC está em mim”.  

 

Na sequência, Nelson Mattera, da Ambev, comentou um pouco sobre o momento do CG na Ambev. Ele disse que o gerenciamento por categoria é uma jornada longa, um dos motivos que a Ambev decidiu criar, há cinco anos, uma área de GC na companhia. O executivo compartilhou que nas primeiras pesquisas de colaboração realizadas pela Advantage, a Ambev ocupava a 22ª posição e, hoje, a empresa está ranqueada como quinta colocação na visão do varejo. “Isso é o que nos importa porque é o varejo quem realmente dita se o nosso trabalho está sendo bem feito ou não. Estou super feliz com a revolução mas, ao mesmo tempo, fizemos questão de entender alguns gaps. A gente está em quinto, então, quer dizer que tem muita gente fazendo melhor e, mesmo assim, tem a oportunidade de crescer mais na categoria sempre. O que o varejo falava muito sobre a Ambev, por exemplo, era a imparcialidade, principal ponto de desenvolvimento que estamos trabalhando super forte”, esclareceu Mattera. 

 

O executivo da Ambev também compartilhou que há 20 anos a categoria tinha sete marcas na companhia. “Hoje a gente tem varejistas com 900 SKUSs cadastrados de cerveja. Aumentou ainda mais a importância do processo de gerenciamento de categoria bem feito para a gente tomar decisões e, realmente, conseguir desenvolver uma categoria e escolher sempre o sortimento correto”, complementou Mattera.  

 

Para contar sobre os desafios do GC na rede catarinense Angeloni, Celso Furtado passou a palavra para Samuel Matos. De acordo com o varejista, o GC tem muito potencial de trazer resultado para o negócio, ao mesmo tempo em que está alinhado com a entrega de solução para o cliente. “Nesse momento que estamos passando pela pandemia, o consumidor mudou muito e mudou muito rápido. Aí está o nosso desafio que é correr atrás e entregar para esse novo shopper o que ele quer dentro da loja. A evolução do GC é para proporcionar uma experiência de compra gratificante para o cliente e, por outro lado também, a gente precisa trazer rentabilidade para o negócio. Sempre olhando esses dois pilares”, afirmou Matos. 

 

Processo mais rápido e fluido é o que também defende o executivo da rede Angeloni. E, para que isso ocorra, ele apontou que o caminho só pode ser a parceria entre varejo e indústria.  

 

“O gerenciamento por categoria tem de deixar de ser um projeto e passar a ser um processo dentro das organizações”, ressaltou Gerson Estevam, do Grupo Cencosud Brasil, que opera a bandeira Prezunic. Ele comentou que hoje a companhia opera no Brasil com 200 lojas em oito Estados e com seis bandeiras físicas. “Se a gente não tem essa colaboração e não transforma isso em um processo, a gente passa a ter muito mais dificuldade. A gente está vivendo hoje, operando nesse exato momento dentro da Cencosud, com 40 projetos com capitão de categorias, ou seja, são 51 categorias ativas hoje na GCAT dentro da Cencosud. São desafios para todos nós”, completa Estevam.  

 

O estudo e análise das categorias, o comportamento do shopper, as estratégias, as parcerias e muito mais sobre os temas GC e colaboração você poderá conferir em detalhes na matéria completa na Revista SuperHiper.  


Redação SuperHiper 


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