País lidera em produto popular da Nestlé

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Vice-presidente mundial afirma que ambiente de negócios no país poderia melhorar com eficiência legal e tributária

 

Para Polman, inflação de alimentos atingiu novos patamares e não baixará; Nestlé pesquisa alimentos para Alzheimer e diabetes

 

Em sua primeira visita ao Brasil depois que assumiu o cargo de vice-presidente para as Américas na Nestlé, o holandês Paul Polman visitou fábricas, falou com consumidores, funcionários e diz ter ido à orla do Rio de Janeiro para ver os carrinhos de sorvete "e nada mais".

 

Segundo ele, o Brasil assumiu a liderança e conduz a operação mundial no desenvolvimento de produtos voltados às camadas populares, mas ainda tem muitas frentes de negócios a serem exploradas no país.

 

"Crescemos o equivalente a uma Danone ou a uma Campbell's num ano", diz Polman. "Estamos para abrir nossa quarta loja Nespresso no Brasil, mas a rede pode facilmente chegar a 40 lojas rapidamente e se tornar um negócio de verdade."
Segundo ele, o mesmo pode acontecer com a operação de sorvetes ou de águas da Nestlé no país. "Não há desculpa para crescer menos porque muitos países latino-americanos estão muito mais estáveis e com economias fortes", afirma. "Aliás, nem sei se o Brasil pode ser encarado como país emergente."

 

Polman afirmou, no entanto, que o potencial de negócios poderia ser maior se o país eliminasse os entraves ao crescimento e à melhoria da competitividade, aprimorando seus sistemas legal e tributário. "Há oportunidade para criar um ambiente de negócios ainda melhor no Brasil", diz Polman. "Melhorar a competitividade requer o bom funcionamento dos sistemas legal e fiscal."

 

Novo patamar

 

Polman afirmou ainda que a empresa tem tentado segurar ao máximo o repasse da inflação global de alimentos. Porém ele não espera que a alta nos preços venha a arrefecer. Para tentar reduzir a queda nas margens, a empresa tem buscado, entre outras coisas, aumentar o valor dos produtos. "O preço do café é apenas uma pequena parte do Nespresso, por exemplo", afirma. "Não podemos ficar presos a commodities."
Com investimentos de US$ 2 bilhões em pesquisa e desenvolvimento, a Nestlé tem investido em alimentos que chama de "soluções em alimentação".

 

"Pela primeira vez, uma geração pode escolher se quer viver mais do que a anterior pela forma como se alimenta", diz. "No futuro, teremos alimentos que farão efeito em doenças como Alzheimer e diabetes."

 

Veículo: Folha de S.Paulo


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