Eletroeletrônico tem queda em Minas

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Abinee estima que setor no Estado fechou 1º trimestre com retração de cerca de 5% na produção

 



Apesar de ainda estar fechando os números finais, a regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) no Estado estima que o setor fechou o primeiro trimestre com queda na produção em torno de 5% frente ao mesmo período de 2014. "E as perspectivas não são animadoras", alerta o diretor da entidade em Minas, Alexandre Magno d"Assunção Freitas.

Além disso, segundo ele, a indústria elétrica e eletrônica de Minas vinha lutando para manter os níveis de emprego em uma tentativa de segurar mão de obra qualificada, o que não é artigo abundante no mercado, mas não conseguiu evitar demissões. "Houve perda e está havendo perda de postos de trabalho", diz, sem estimar números.

O diretor regional da Abinee explicou que a indústria elétrica e eletrônica é composta por vários segmentos - como geração, transmissão e distribuição de energia, telecomunicações, automação industrial, eletroeletrônicos e informática - e que cada setor está reagindo diferentemente frente ao desaquecimento da economia,

"O segmento de celular e tablets é o que menos está sofrendo impacto da situação econômica, mas o de geração, transmissão e distribuição de energia é um dos mais prejudicados. Esse segmento teve uma queda próxima de 7% de receita no primeiro trimestre deste ano e há também perda de emprego", afirma.

Freitas destacou que algumas medidas adotadas pelo governo federal prejudicaram ainda mais o setor. Uma delas foi a redução do benefício sobre a desoneração da folha de pagamento, que deve impactar em pelo menos a metade dos produtos fabricados pelo segmento. Segundo ele, itens que estão taxados com 1% de contribuição previdenciária devem passar para 2,5% e os que estão com 2% para 4,5%.


Reintegra -
Outra medida que pode prejudicar a indústria eletroeletrônica a redução do percentual de ressarcimento tributário do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) de 3% para 1%. Conforme o diretor da Abinee isso pode desestimular as exportações em um momento em que elas poderiam ser beneficiadas por causa da valorização do dólar frente ao real.

"O governo anunciou esses benefícios no final do ano passado, mas passadas as eleições agora está voltando atrás. Essas alterações na política governamental não dão segurança para os empresários voltarem a investir", diz Freitas.

O fator câmbio também pode ser decisivo para o setor este ano. A valorização da moeda norte-americana pode favorecer as indústrias eletroeletrônicas que exportam, mas, na outra ponta, encarecer os custos para as que importam componentes e montam produtos manufaturados dentro do País.

"Essa valorização do dólar beneficia as empresas que trabalham com exportações, mas atrapalham quem trabalha com importações. Por isso, os exportadores estão enxergando um horizonte mais positivo se o câmbio se manter assim. Só termos condições de medir o efeito real deste câmbio daqui três ou quatro meses", explica.

Nas contas da Abinee, todos os segmentos que compõem a indústria elétrica e eletrônica do Estado geram de 12 mil a 15 mil postos de trabalho diretos. Ao todo, calcula-se que são aproximadamente 200 empresas do setor. Minas representa entre 7% e 8% do todo o parque nacional.



Veículo: Diário do Comércio - MG


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