Supermercados agora recolhem embalagens

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Caminhões de entrega passam a levar embalagens para reciclagem


Andrea Vialli


Na tentativa para dar destino às embalagens de eletrodomésticos, indústria e varejistas como Casas Bahia e Wal-Mart estão começando a adotar o sistema conhecido por logística reversa. Nele, o mesmo caminhão que entrega a geladeira ou TV na casa do consumidor leva de volta as embalagens, que são encaminhadas a cooperativas de reciclagem.

 

Com isso, as empresas se antecipam a uma possível obrigatoriedade no futuro de serem co-responsáveis pela destinação dos resíduos - esse é um dos pilares do projeto que lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que está no Congresso e que poderá ser votada até o final do ano.

 

A rede Casas Bahia iniciou um programa em maio, em que os mesmos caminhões de entrega das mercadorias são usados para trazer de volta as embalagens de móveis e eletrodomésticos. Junto com elas, o lixo gerado em nove lojas na Grande São Paulo e na sede administrativa da companhia é encaminhado para uma central de triagem de resíduos, dentro do centro de distribuição da empresa, em Jundiaí (SP).

 

O projeto consumiu investimentos de R$ 700 mil, que incluíram a construção da central de triagem, contratação de funcionários e treinamento da equipe de logística. "Em três meses, já conseguimos recolher 600 toneladas de plástico, papelão e metais e geramos 30 empregos diretos na comunidade próxima ao centro de distribuição" , diz Michael Klein, diretor executivo das Casas Bahia.

 

A Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, também utiliza a logística reversa. De acordo com o assessor de sustentabilidade, Paulo Vodianitskaia, a iniciativa tem sido bem aceita pelos consumidores - 96% aceitam despachar as embalagens, o que já permitiu a coleta de 80 toneladas de material reciclável. "O isopor, um material de pouco interesse para as cooperativas, agora volta ao fornecedor e se torna matéria-prima novamente", diz. O programa da Whirlpool atraiu a atenção do Wal-Mart, que a partir desta semana expande o serviço de logística reversa para as vendas de linha branca em todo o País, o que deve potencializar a coleta.

 

De acordo com André Vilhena, diretor do Cempre, ONG que fomenta a cadeia da reciclagem, a logística reversa de embalagens ajuda a reduzir o volume de resíduos no ambiente, mas precisa avançar. "O grande desafio hoje é o recolhimento dos eletroeletrônicos descartados pelos consumidores."

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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