Alimentos param de subir

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Consumidor ainda reclama e busca marcas mais baratas nas prateleiras

 

O dragão inflacionário está começando a perder as suas forças. Mas a escalada nos preços dos alimentos foi tão alta nos últimos dois anos que o consumidor ainda não está convencido de que os grandes vilões por trás desta disparada estejam mesmo ficando mais “bonzinhos”. A maioria ainda reclama cada vez que precisa ir ao supermercado.

 


É o caso do motorista de ônibus Wilson Ribeiro Nunes. – Cinco quilos deste arroz eu comprava, há dois meses,por R$ 6.Agora, está R$ 10 – reclama ele. Enquanto a baixa tão anunciada não vem, ele mudou de marca de produto,mas promete voltar àquela a que já está acostumado assim que a queda chegar mesmo às gôndolas.

 


Os produtos que foram os vilões este ano, como carne, soja, arroz, feijão, pão, leite, entre outros, pararam de subir. Se o que predominar for a estabilidade dos preços – não a queda –, o fato explicaria por que,mesmo com os índices desacelerando, o consumidor continua reclamando da inflação.

 

Por sua vez, economistas e supermercadistas garantem que a retração já chega a 25% em alguns itens, como o óleo. E a notícia boa é que essa tendência deve continuar.

 


Feijão preto deve recuar em novembro

 

Segundo o proprietário da rede de supermercados Giassi, Zefiro Giassi, o preço do feijão preto, por exemplo, que é cultivado aqui no Estado, deve sofrer uma queda maior de preço em novembro,como início da safra.

 

No caso do arroz, a desaceleração já chegou a 15%,e,no óleo,a redução está bem próxima dos 25%.Comrelação à carne, é difícil prever, diz Zefiro Giassi.

 

– A carne temuma oscilaçãomuito grande. Estava bem alta até o Dia dos Pais e, agora, teve o seu preço reduzido,mas não podemos dizer se isso vai continuar ou não – observa.

 

A cesta básica, se não teve redução de preço, pelo menos estabilizou.A última pesquisa do Dieese,em julho, confirmou isso.

 

– Embora seja preocupante, já que estabilizou num patamar alto, é bom porque ao menos não está mais aumentando – analisa o supervisor técnico do Dieese, José Álvaro de Lima Cardoso. Ele não quer arriscar uma previsão para agosto,mas afirma que, na pior das hipóteses, os preços devem ficar como estão.

 

Dois indicadores de inflação, o IGP-10 e o IPC-S, confirmaram o recuo dos alimentos.A taxa medida pelo Índice Geral de Preços-10 (IGP- 10) caiu para 0,38% emagosto, ante alta de 2% em julho, segundo dados divulgados, ontem, pela Fundação GetúlioVargas (FGV).

 

Já a segunda prévia de agosto da inflação verificada pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) ficou em 0,34%. No mês anterior, a variação registrada até o dia 7 foi levemente maior: 0,44%.

 

Veículo: Diário Catarinense


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