Preços agrícolas em São Paulo têm alta no campo, no atacado e ao consumidor

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Os preços agrícolas subiram do campo à mesa no mercado de São Paulo em setembro passado.

 

O IqPR, índice de preços pagos aos produtores agropecuários paulistas pesquisado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), vinculado à Secretaria da Agricultura do Estado, fechou o mês com alta de 5,43%. Já o Índice Ceagesp, que mede o comportamento dos preços de uma cesta de mais de 100 produtos e serve de referência para as oscilações agrícolas no atacado, subiu 2,04% no mês, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) apontou salto de 1,57% para os alimentos.

 

No campo, o IqPR subiu graças a valorizações tanto no grupo de produtos de origem animal quanto entre os vegetais. O primeiro, formado por seis itens, registrou alta de 6,88% em setembro, com destaque para a disparada da carne de frango (19,11%). No segundo, a valorização média foi de 4,84%, liderada por feijão (54,74%) e laranja para mesa (26,02%).

 

Com os resultados do mês passado, o IqPR passou a acumular alta de 33,88% nos últimos 12 meses. No intervalo, o grupo de 14 produtos de origem vegetal aparece com valorização média de 38,27%, ante salto de 21,84% do grupo dos produtos de origem animal. Análise divulgada pelo IEA pondera que 2009 "foi um ano de preços demasiadamente baixos, os menores dos últimos anos, para produtos relevantes na composição dos índices, como é o caso das laranjas (...) Na mesma linha de raciocínio se tem a alta dos preços do feijão".

 

Além disso, destacou o instituto, uma estiagem afetou a oferta de produtos como o próprio feijão, cuja safra das águas atrasou e provocou especulações no mercado.

 

No índice da estatal federal Ceagesp, sobre o qual chuvas e secas também tiveram reflexos importantes nos nove primeiros meses do ano, apenas o grupo formado pelas frutas registrou aumento médio em setembro (5,37%), suficiente para garantir a alta geral apurada. O destaque foi a escalada dos citros, limão e laranja sobretudo - sustentados por entressafra e seca, respectivamente. De janeiro a setembro, o indicador apresenta retração de 1,71%.

 

Valorizações de meses anteriores no campo e no atacado voltaram a pressionar o IPC da Fipe. Na capital paulista, o grupo alimentos, que vinha de três quedas mensais seguidas, subiu 1,57% e passou a acumular alta de 5,48% nos primeiros nove meses do ano.

 


Veículo: Valor Econômico


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