Panificação tem 12 mil postos na região

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Mauro Fernando

 

Em média, segundo a Aipan (Associação dos Industriais de Panificação e Confeitaria do Grande ABC), cerca de 1.500 clientes entram todo dia em cada uma das padarias da região. A entidade estima que existam, nas sete cidades, entre 800 e 1.000 estabelecimentos, nos quais trabalham aproximadamente 12 mil profissionais.

 

Esses números têm permanecido estáveis, conforme avaliação do presidente licenciado do Sindicato dos Padeiros de São Paulo (que engloba os profissionais do Grande ABC), Chiquinho Pereira, e do presidente da Aipan, Manuel Franco de Melim. "A tendência é de estabilidade", indica Pereira. "O setor passa por uma reciclagem", explica Melim.

 

Para o presidente da Aipan, há uma expansão que não se mensura em termos de consumo ou de número de lojas. O crescimento se dá dentro das padarias: nas apostas da diversificação dos hábitos dos clientes. "As lojas estão modernizando o layout, agregando valor. Antigamente, as padarias vendiam somente pães, lanches, frios. Hoje há pizza, fast food, sopas, uma variedade maior de pães e confeitos", afirma.

 

"Quem não se atualiza perde espaço, ainda mais porque os supermercados agora tiram uma fatia de mercado das padarias." Outro concorrente é a informalidade, e esse é um problema comum a empresários e funcionários. "Existem padarias clandestinas que não têm licença, fabricam pão sem controle de qualidade, colocam em risco a saúde do consumidor e deixam os trabalhadores sem proteção social", afirma Pereira.

 

Segundo o presidente do Sindicato dos Padeiros, o salário médio da categoria está em torno de R$ 850 a R$ 900, "mas esses valores não expressam a realidade", já que as diferentes funções e o porte de cada estabelecimento definem os holerites. "Há quem ganhe até R$ 3.000". Na região, os pisos estão em R$ 651 (até 60 trabalhadores) e em R$ 704 (acima de 61 empregados).

 

A qualificação profissional é outra questão a ser enfrentada. Para Pereira, não há cursos em quantidade suficiente: "O sindicato tem uma escola, cujos custos ele não consegue suportar sozinho. Estamos tentando convênios com empresas do setor e supermercados".

 

Veículo: Diário do Grande ABC

 


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