Alimentos pressionam IPC-S, que vai a 0,50%

Leia em 2min 40s

 

A elevação nos preços dos alimentos fez com que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal de Belo Horizonte (IPC-S/BH) subisse na primeira semana de julho, indo a 0,50%, resultado 0,14 ponto percentual superior ao divulgado na quarta semana do mês passado. Apesar da aceleração, o índice da capital mineira, pela terceira semana consecutiva, foi o menor do país, apurado em 0,79% no período. No acumulado no ano, a taxa de Belo Horizonte é de 2,41% e nos últimos 12 meses alcança 4,61%.

 

De acordo com o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, responsável pela pesquisa, as frutas têm funcionado como âncora para conter os avanços da inflação em Belo Horizonte e manter a capital mineira com o menor índice do país. "Mas os preços das frutas são muito instáveis e dependem das condições climáticas. Foi exatamente a elevação nos preços desses itens que fez com que o IPC-S/BH subisse na primeira semana deste mês", explicou.

 

O IPC-S/BH é um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mede a evolução dos gastos das famílias com renda entre um e 33 salários mínimos. Nessa edição, cinco das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram desaceleração em suas taxas de variação. Destaques para "Vestuário" e "Alimentação", cujos índices passaram de 1,04% para 1,61% e de 0,52% para 1,02%, respectivamente.

 

Pressões - A análise desse resultado mostra que a pressão acima da variação média foi exercida pelos grupos "Vestuário" (1,61%), "Alimentação" (1,02%) e "Saúde e Cuidados Pessoais" (0,51%). Mostra também que se situaram em nível abaixo da variação média os grupos, "Educação, Leitura e Recreação" (0,36%), "Despesas Diversas" (0,24%), "Habitação" (0,19%) e "Transportes" (0,08%).

 

A "Alimentação" continua exercendo a maior contribuição para que o índice permaneça elevado, respondendo por 30% do IPC-S/BH. Os produtos que registraram as maiores influências positivas foram o feijão carioquinha, que entre a quarta semana de junho e a primeira semana deste mês, passou de 14,72% para 12,79% mas que, mesmo com a desaceleração, representou o maior percentual individual. Outro destaque foi a carne moída, que subiu de 10,65% para 11,36%, no período.

 

A refeição fora de casa também contribuiu para a aceleração do índice, passando de 0,61% para 2,72% entre a quarta semana de junho e a primeira semana de julho. Outro destaque foi a desaceleração nos preços das frutas, que, no período, passaram de -10,69% para -6,64%. A principal alta foi da pêra, que foi de 0,18% para 4,42%.

 

Outros segmentos também tiveram expansão nos preços. Apesar da queda dos custos com "Educação, Leitura e Recreação", de 0,46% para 0,36% entre a última semana de junho e a primeira semana de julho, alguns serviços contribuíram para que o índice fosse maior entre os itens pesquisados. Os destaques foram fotografia (de 0,03% para 0,83%), salas de espetáculo (de 0,56% para 0,85%) e tarifas de hotel (de 0,54% para 0,86%).

 

 

Veículo: Diário do Comércio – Belo Horizonte

 


Veja também

Modess. O primeiro ninguém esquece. Nem o último

  Mário Tonocchi   Em um mercado que movimentou R$ 1 bilhão nos últimos 12 meses, seg...

Veja mais
Hortifrútis com tendência altista na Ceasa Minas

   Preço médio dos produtos no entreposto no 1º semestre deste ano foi 9,7% superior ante ...

Veja mais