Supermercados registram deflação pela primeira vez após 12 meses

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O setor supermercadista voltou a apresentar deflação nos preços após um ano de altas. A queda apontada pelo Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS/FIPE, foi de 0,5% em fevereiro. Segundo a Associação Paulista de Supermercados (APAS), o principal motivo foi a ausência do Carnaval e a espera do consumidor por novos auxílios, somado a isso o aumento de casos do Covid-19 que demandou ajustes de preços em toda cadeia produtiva.

 

Em fevereiro de 2021 as exportações suínas tiveram queda de 18% em relação a fevereiro de 2020, consequentemente o preço no mercado interno caiu pelo terceiro mês seguido (2,49%). As aves caíram 2,29% após uma sequência de sete meses em alta.

 

Outro item que merece atenção é o arroz, que registrou sua primeira deflação em 14 meses com quase 4% de queda. “Em janeiro houve a importação de 131 mil toneladas de arroz frente às 21 mil toneladas exportadas, a menor quantidade embarcada pelo país desde 2010. Isso demonstra que o mercado se aproximada da normalidade, já que o Brasil não é exportador natural do produto e a oferta de arroz já se mostra abundante no mercado exterior. A expectativa é de que novas quedas aconteçam nos próximos meses”, explica Ronaldo dos Santos, presidente da APAS.

 

O óleo de soja, outro item que foi vilão da inflação em 2020 com 115,6% de aumento, também teve queda de 3,6% em fevereiro de 2021. O leite também registrou queda de 4% e o motivo foi a fraca demanda do brasileiro. Para a APAS, a ausência do auxílio emergencial - que estimula o consumo de produtos lácteos de indulgência - somado ao desemprego e o menor poder de compra da população, forçam os canais de distribuição a serem mais agressivos nas negociações. Situação deve perdurar para os próximos dois meses.

 

A maior queda aconteceu no setor de produtos in natura (hortifrutigranjeiros), liderados pelo maracujá com queda de 30,5%, mamão com 18,8% e batata 15,2%.  Dentre os maiores aumentos ficaram a cebola e o chuchu, respectivamente com 40,5% e 39,3%. 

 

Nota Metodológica


O Índice de Preços dos Supermercados tem como objetivo acompanhar as variações relativas de preços praticados no setor supermercadista ao longo do tempo. O Índice de Preços dos Supermercados é composto por 225 itens pesquisados mensalmente em 6 categorias: i) Semielaborados (Carnes Bovinas, Carnes Suínas, Aves, Pescados, Leite, Cereais); ii) Industrializados (Derivados do Leite, Derivados da Carne, Panificados, Café, Achocolatado em Pó e Chás, Adoçantes, Doces, Biscoitos e Salgadinhos, Óleos, Massas, Farinha e Féculas, Condimentos e Sopa, Enlatados e Conservas, Alimentos prontos,); iii) Produto In Natura (Frutas, Legumes, Tubérculos, Ovos, Verduras); iv) Bebidas (Bebidas Alcoólicas, Bebidas Não Alcoólicas); v) Artigos de Limpeza; vi) Artigos de Higiene e Beleza. Assim, o IPS se apresenta como instrumento útil aos empresários do setor na tomada de decisões com relação a preços e custos dos mais diversos produtos. No que diz respeito à indústria, de maneira análoga, possibilita a tomada de decisão com relação a preços e custos dos produtos destinados aos supermercados. Ao mercado e aos consumidores é útil para a análise da variação de preços ao longo do tempo possibilitando o acompanhamento da evolução dos custos ao consumidor do setor supermercadista.

  

Fonte: Assessoria de Imprensa da Associação Paulista de Supermercados (APAS)

 

 


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