Alimentos ajudam a conter inflação em cinco capitais

Leia em 2min 50s

Quedas e desacelerações de preços no setor de alimentos levaram a um recuo na inflação do varejo na cidade de São Paulo. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S), divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), os preços na capital paulista subiram 0,19% na segunda prévia do índice, medida até a última segunda-feira, após avançarem 0,34% na prévia anterior do indicador, de até 7 de junho. Além de São Paulo, houve desaceleração de preços em Porto Alegre (de 0,36% para 0,20%); Recife (de 0,53% para 0,20%); Rio de Janeiro (de 0,46% para 0,43%) e Salvador (de 1,14% para 0,84%). As outras capitais apresentaram aceleração de preços, ou deflação mais fraca. É o caso de Belo Horizonte (de -0,06% para -0,05%) e Brasília (de 0,14% para 0,24%).

 

Embora todas as cidades contribuam para a formação da taxa do IPC-S, a inflação na cidade de São Paulo é a de maior peso no cálculo do índice, cujo resultado total também registrou desaceleração, de 0,43% para 0,29%, entre a primeira e a segunda prévia de junho, conforme anunciado ontem pela FGV. Segundo o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz, houve uma reviravolta nos preços dos alimentos, que pararam de subir e voltaram a apresentar deflação (de 0,04% para -0,05%) no período. "Do total de 20 itens alimentícios pesquisados em São Paulo, nove estão em queda de preços" afirmou o especialista. Segundo ele, as taxas negativas "estão muito espalhadas" no setor de alimentos, não só no segmento de in natura como também de bebidas e alimentos processados. É o caso de hortaliças e legumes (de -2,26% para -3,32%); carnes suínas (de -1,30% para -1,28%); e bebidas não-alcoólicas (de -0,69% para -1,03%).

 

IPC. Ontem a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou variação de 0,19% na segunda quadrissemana do mês (últimos 30 dias encerrados em 15 de junho), ante alta de 0,23% observada na primeira medição do mês, referente ao período de 30 dias terminados em 7 de junho. O resultado foi o mais baixo desde a primeira quadrissemana de janeiro, quando o indicador apresentou taxa de 0,18%. O coordenador do IPC da Fipe, Antonio Evaldo Comune, confirmou que o número mostrou uma inflação mais baixa por conta da redução cada vez maior do impacto de alta do preço dos cigarros no IPC. O item, que havia apresentado elevação de 4,38% na primeira leitura de junho, variou 1,67% na segunda quadrissemana.

 

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Antonio Evaldo Comune, reduziu de 0,25% para 0,23% a expectativa da inflação em junho na cidade de São Paulo. De acordo com ele, o indicador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) deve permanecer com uma taxa moderada no decorrer deste mês e chegar ao final do período com um resultado 0,1 ponto percentual abaixo do observado no fechamento de maio, quando a taxa foi de 0,33%. "A inflação continua bastante baixa em São Paulo. Esse número só reforça a nossa expectativa para o ano", disse Comune. Ele mantém a previsão de 4,50% para o IPC de 2009.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


Veja também

Receita do comércio varejista aumenta 6,9%

As vendas do varejo em abril cresceram 6,9% na comparação com igual mês de 2008, de acordo com a Pes...

Veja mais
Para analistas, varejo pode crescer até 4%

O comércio varejista encerrou abril com queda de 0,2% frente a março, depois de recuo de 0,5% na compara&c...

Veja mais
Poder competitivo da China tira mercado do Brasil na Argentina

Com preços imbatíveis, os produtos chineses continuam tomando espaço do Brasil no mercado argentino...

Veja mais
Inflação em São Paulo atinge a segunda menor taxa do ano, revela Fipe

A inflação na cidade de São Paulo ficou em 0,19%, na segunda prévia de junho do Índic...

Veja mais
Empresários criticam política tributária do governo paulista

A substituição tributária praticada pelo governo do Estado de São Paulo é alvo de cr&...

Veja mais
Reforma tributária volta para o topo da agenda

O governo quer votar a proposta de reforma tributária ainda este mês, antes do recesso parlamentar, que com...

Veja mais
Bric deverão estudar swap de moedas

Brasil, Rússia, Índia e China realizam primeira cúpula do grupo e analisaram mecanismos de financia...

Veja mais
Queda forte das importações compensa retração nas vendas

Os setores tradicionalmente deficitários estão garantindo um maior superávit para a balança ...

Veja mais
Indústria de cartões perde o crédito

Assis Moreira   GENEBRA - As linhas de financiamento de bancos americanos para cartões de crédito s...

Veja mais