Exportadores procuram mercados alternativos

Leia em 1min 40s

O governo federal e as principais empresas brasileiras se voltaram para mercados com pouca tradição comercial com o Brasil para contornar a queda de demanda das maiores economias mundiais. Países da Ásia Central, África, Leste Europeu e os vizinhos latino-americanos são os novos alvos para incrementar o comércio bilateral.

 

"Se podemos ter um comércio de US$ 30 bilhões com a Argentina, por que temos só US$ 3 bilhões com a Colômbia, que também é grande?", indagou Ivan Ramalho, secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que participou da conferência "Crise Mundial: as oportunidades para o Brasil" promovida pela Companhia Brasileira de Multimídia (CBM) na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro.

 

Para o embaixador para a Ásia, João Gualberto Marques Porto, o fortalecimento das relações comerciais com potências tradicionais como China e Índia é essencial, mas frisou que a entrada em países raramente mencionados como Casaquistão, Quirgstão, Tadjiquistão, Turcomenistão e Uzbequistão começa a desempenhar um papel estratégico para o País.

 

A rota da diversificação já foi adotada pela Embraer para minimizar os efeitos da crise. De acordo com Mauro Kern, vice-presidente para o mercado de aviação da empresa, a exploração do potencial da América Latina faz parte dos planos da companhia para superar a retração que chegou a 31% na área de aviação executiva. Segundo Kern, o crescimento dos negócios no México, Colômbia, e El Salvador foi maior que no resto do mundo.

 

Na área de transporte marítimo, a crise internacional pode representar um novo impulso. Na avaliação do presidente da Multiterminais, Richard Klien, a movimentação de cargas será beneficiada com a turbulência internacional. A redução de 60% nos preços do afretamento de navios no mundo e os cerca de 10% de ociosidade da frota nacional, viabilizam a expansão da demanda doméstica de carga marítima, principalmente no eixo Norte-Sul.

 


Veículo: Gazeta Mercantil


Veja também

Custo de vida do paulistano sobe 0,40% em março

Viver na capital paulista ficou 0,4% mais caro em março, segundo o Índice de Custo de Vida (ICV) divulgado...

Veja mais
Cotações no atacado despencam e IGP-DI tem deflação de 0,84%

O panorama para a inflação segue bastante benigno, mostrou ontem o Índice Geral de Preços - ...

Veja mais
CNI ainda não vê sinais de recuperação da atividade

A indústria teve queda de 8,4% nas horas trabalhadas em fevereiro na comparação com o mesmo mê...

Veja mais
Brasil facilita livre circulação de mercadorias com o Mercosul

O Brasil começa a tomar iniciativas para tornar o Mercosul um acordo efetivo de livre circulação de...

Veja mais
Índice de confiança volta a cair em março

A Associação Comercial de São Paulo (ACSP) informou ontem que o Índice Nacional de Confian&c...

Veja mais
Brasileiros de Classe C não são todos iguais

Os consumidores da Classe C têm atraído as atenções de empresas, agências de publicidad...

Veja mais
Varejo pede socorro ao governo

A exemplo das montadoras, que conseguiram sensibilizar o governo e receberam incentivos para estimular as vendas de ve&i...

Veja mais
BNDES é a âncora das redes de varejo para financiar expansão

A restrição ao crédito nas instituições financeiras privadas provocou uma invers&atil...

Veja mais
Mercado prevê queda do PIB e inflação abaixo da meta

A última versão da pesquisa de expectativas feita pelo Banco Central mostra que o mercado já acredi...

Veja mais