Nível de atividade da indústria paulista sobe 1,1% em fevereiro

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A atividade da indústrias paulista apresentou ligeiro aumento em fevereiro, na comparação com o mês anterior, mas recuou fortemente em relação ao mesmo período do ano passado. O Índice de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista aumentou 1,1% no mês passado, frente ao apurado em janeiro, apontam dados divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).

 

Se comparado com fevereiro de 2008, sem ajustes sazonais, o índice apresenta queda de 15,4%. No acumulado dos doze últimos meses o índice não apresentou variação. A boa notícia ficou por conta do aumento das vendas reais da indústria, que cresceram 6,1% entre janeiro e fevereiro deste ano, desconsiderados os ajustes sazonais. Em relação ao mesmo mês do ano passado as vendas aumentaram 2,9%.

 

Recuperação pálida

 

Segundo Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) da Fiesp, a recuperação da indústria apesar de positiva, foi "pálida". Ele destaca que a partir do índice é possível inferir que o ritmo da queda, bastante acentuada nos últimos três meses, está diminuindo. Mas segundo o economista não é possível prever se o nível de atividade da indústria paulista crescerá, ou ainda se representa uma tendência para os próximos meses.

 

Já o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) da indústria paulista ficou em 77,6% em fevereiro, considerando o ajuste sazonal. Esse percentual apresenta recuo de 1 ponto percentual frente ao nível apurado em janeiro, e representa o nível mais baixo para o indicador desde dezembro de 2003, quando ficou em 77,5%. Em fevereiro do ano passado o nível de utilização da capacidade ficou 81,9%.

 

Os setores industriais com maior utilização da capacidade instalada em fevereiro foram o de Outros equipamentos de Transporte, com 88,9%, e Celulose, Papel e Produtos de Papel, com 84,6%.

 

Os piores desempenhos ficaram por conta dos setores de Coque, Refino de Petróleo , Combustíveis Nucleares e Produção de Álcool, com uso de menos da metade da capacidade instalada (49,8%) e Material eletrônico e de Comunicação, com 61,3%.

 

O total de horas trabalhadas na indústria caiu 11,4% em fevereiro, na comparação com igual mês de 2008, e recuou 2,3% frente a janeiro último. No item salários reais, deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe), houve recuo de 3,0% entre janeiro e fevereiro deste ano, e retração de 0,5% em relação a igual bimestre do ano passado.

 

Veículo: Gazeta Mercantil


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