Crediário mantém vendas do comércio em expansão

Leia em 2min

As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), termômetro das vendas a prazo, aumentaram 8,1% na primeira quinzena de agosto, se comparadas a igual período do ano passado, chegando a um milhão de consultas. Já o SCPC Cheque (antigo UseCheque), que mede os negócios à vista, aumentou 4,3% na mesma base de comparação. Os registros de pagamentos em atraso recebidos pelo SCPC saltaram 8,4 % na quinzena e os cancelamentos foram menores, 6,2%.

 

"A recuperação de crédito anula parcialmente o aumento da inadimplência, mas ainda sinaliza uma leve alta para o final do mês. Vamos aguardar para ver quais serão os resultados da próxima quinzena", disse o economista do Instituto Gastão Vidigal, da ACSP, Emilio Alfieri.

 

Na comparação com a primeira quinzena de julho, o SCPC caiu 1,7%, e o SCPC Cheque apresentou ligeira alta de 0,8%. Nessa mesma comparação, os registros cancelados (4,4%) superaram em quase um ponto percentual (3,3%) os registros recebidos.

 

"O crediário vem mantendo o mesmo ritmo dos últimos sete meses, girando em torno de 8% de crescimento. Já o cheque desacelerou. Nos últimos sete meses, registrou alta de 6,4%. Portanto, o resultado da primeira quinzena deste mês mantém a tendência de baixa, principalmente pela queda da renda disponível nas mãos da população, decorrente do aumento dos preços dos alimentos", disse Alfieri.

 

"A ausência do frio neste inverno também dificultou a venda de roupas, nas quais as pessoas utilizam mais o pagamento à vista", disse. Já os números do SCPC revelam que as vendas parceladas, independentemente da renda, continuam a todo vapor. "As vendas a prazo, principalmente de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, continuam em alta, por causa das promoções com prazos longos e facilidades no pagamento", explicou.

 

O subgerente da loja Ponto Frio do Shopping Taboão, Marcos Antonio, confirma que as promoções são as principais armas para aumentar as vendas dos bens duráveis. "Na primeira quinzena de agosto, cumprimos a meta estabelecida pela matriz, mas sem ultrapassá-la. Nossos resultados mais expressivos têm maior relação com as promoções da rede. Com ou sem dólar baixo, são os preços agressivos que atraem os clientes", disse.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


Veja também

O inesperado tombo das Americanas

Tropeços na financeira e aumento no calote explicam o primeiro prejuízo em 28 trimestres. Qual a saí...

Veja mais
Projetos de gigantes vão superar R$ 4 bi em 2009

O ano de 2009 deve acirrar a competição entre as gigantes do varejo brasileiro, que prometem superar a mar...

Veja mais
Varejo fecha primeiro semestre com taxa de expansão inédita

O primeiro semestre de 2008 registrou um aumento no volume de vendas do comércio varejista de 10,6% sobre o mesmo...

Veja mais
Varejo bate recorde, mas já sente inflação

Primeiro semestre fecha com alta de 10,6% nas vendas, mas crescimento se desacelera na ponta com alta dos alimentos.Aume...

Veja mais
Pequenas empresas apresentam queda no faturamento

As micro e pequenas empresas paulistas apresentaram queda de 1,5% no faturamento entre janeiro e junho deste ano, em com...

Veja mais
Exportação de alimento sobe 25% no semestre

A despeito do aumento nos preços, as vendas de alimentos subiram 18,3% no primeiro semestre puxadas por um mercad...

Veja mais
Alta dos alimentos perde a força

IPCA passa de 0,74% no mês de junho para de 0,53% em julho e mantém a desaceleração da infla&...

Veja mais
Investimentos sobreviverão aos juros e às turbulências

Nem a desaceleração da economia mundial, nem a alta doméstica da taxa básica de juros far&at...

Veja mais
Preços administrados complicam tarefa do BC

  O aumento mais forte dos preços administrados vai tornar mais difícil a tarefa do Banco Central (B...

Veja mais