Valor da cesta básica registra queda de 0,78% em Campinas

Leia em 2min 30s

O Boletim Econômico da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), divulgado na quarta-feira, registrou queda de 0,78% no valor da cesta básica na Região Metropolitana de Campinas (RMC) em setembro. O valor fechou em R$ 207,81.

 

A pesquisa aponta uma tendência de queda. Em agosto, o custo havia ficado em R$ 209,44 e, em julho, a cesta básica teve o custo de R$ 213,34. Em setembro de 2008 a redução do custo da Cesta Básica foi de 0,78%. Apesar da tendência de queda, desde janeiro de 2008 o custo da cesta básica de Campinas já registra alta de 2,76%. Nos últimos 12 meses, o custo da cesta básica em Campinas cresceu 26,50%. A pesquisa é elaborada pelo Centro de Economia e Administração (CEA) da universidade.

 

De acordo com o estudo, a batata e o tomate foram os principais itens responsáveis pela redução no custo da cesta básica no mês de setembro. Outros itens que contribuíram para a redução do custo da cesta básica foram a farinha de trigo, óleo de soja e o leite tipo C. O café em pó e o feijão também apresentaram redução nos preços.

 

Na avaliação do professor Cândido Ferreira, do CEA, com a crise internacional e a alta do dólar a expectativa é de que os produtos importados tendem a aumentar. "No que diz respeito aos alimentos, aqueles produtos importados deverão ficar mais caros daqui para o final do ano. Assim, produtos como o vinho chileno ou argentino, o azeite espanhol e o bacalhau norueguês irão subir de preço, o que representa uma oportunidade para a produção nacional ocupar esse mercado com preços mais baixos", diz.

 

O custo da cesta básica em setembro foi equivalente a 50,07% do salário mínimo. Em agosto, o custo havia sido equivalente a 50,47%. Assim, essa redução implicou num pequeno aumento do poder de compra do trabalhador campineiro.

 

Empregos

 

O Boletim Econômico fez também um acompanhamento no nível de emprego na RMC. De acordo com a professora Eliane Navarro, também do CEA, o levantamento aponta de que o saldo de emprego deste ano é 25% superior ao de 2007, gerando até o momento 9.563 novos postos de trabalho. A cidade de Campinas mantém a liderança, com 36% das vagas na região. Paulínia ocupou o segundo lugar na pesquisa, com 11%, e Sumaré em terceiro, com 9% do saldo de empregos.

 

A principal razão para o desempenho positivo da RMC se deve às atividades no setor do comércio varejista e de serviços de apoio à atividade produtiva.

 

Das vagas oferecidas, 50% foram geradas por microempresas e 25% por pequenas empresas. A média salarial da região ficou em R$ 861,00, ficando 21% superior a média nacional.

 

Veículo: DCI


Veja também

Alimentos pressionam e IPCA-15 tem alta 0,30%

Os preços dos alimentos voltaram a subir e pressionar a inflação em outubro. O Índice de Pre...

Veja mais
Comércio popular prevê um Natal aquecido

A preocupação de um impacto no poder de compra da população de baixa renda não atingi...

Veja mais
Índice semanal volta a subir sob influência dos alimentos

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV),...

Veja mais
Alimentos ditam ritmo de crescimento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo em outubro

Prévia da inflação oficial medida pelo IBGE fica em 0,30%   Os alimentos foram os principais...

Veja mais
FGV: índice de confiança do consumidor cai 10% no mês

A confiança do consumidor sofreu uma forte queda em outubro. É o que revelou o Índice de Confian&cc...

Veja mais
Fabricantes de papel e celulose perdem R$ 2,7 bilhões no trimestre

Há um mês, o cenário não poderia ser mais animador para o setor de papel e celulose no Brasil...

Veja mais
Governo livra investimento estrangeiro de pagar IOF

Empresa que trouxer recursos de empréstimos e financiamentos também será isenta.Justificativa para ...

Veja mais
Confiança empresarial tem queda recorde

O agravamento da crise financeira internacional, o aumento das incertezas em relação ao cenário ext...

Veja mais
Preço dos alimentos cai com colapso

Queda no valor das commodities e baixa na demanda provocam redução do custo ao consumidor   A crise...

Veja mais