Alimentos e ônibus puxam inflação

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IPC-Fipe atinge 0,85% na 2.ª prévia do mês, que poderá fechar com 1,46%

 

A inflação na cidade de São Paulo deu um salto na segunda quadrissemana deste mês, impulsionada pelos preços dos alimentos in natura e pelos gastos com transporte, especialmente pelo aumento da tarifa de ônibus. O Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) atingiu 0,85% na segunda quadrissemana, uma elevação de 0,37 ponto porcentual em relação à quadrissemana anterior. Diante da aceleração do indicador, a Fipe reviu a projeção do IPC para o mês: de 1,20% para 1,46%. Em janeiro de 2009, o IPC subiu 0,46%.

 

Apesar do avanço da inflação em janeiro e da tendência de alta para fevereiro por causa do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), a previsão da instituição para o ano está mantida em 4,5%. Depois de fevereiro, diz o coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune, a expectativa é de que o índice gire em torno de 0,30% ao mês. Isso mostra que a inflação continua sob controle e não há alta generalizada de preços que indiquem a necessidade de elevação na taxa de juros (Selic).

 

"O comportamento dos preços do grupo alimentação surpreendeu na segunda quadrissemana", diz Comune. O vilão do grupo alimentação foi o alimento in natura, que ficou 3,48% mais alto no período, afetado pelas chuvas. Com isso, o grupo alimentação subiu 1,26%, após ter aumentado 0,44% na primeira quadrissemana do mês e ter encerrado dezembro com deflação de 0,24%.

 

"Vamos continuar com problemas nos alimentos in natura", prevê Comune. Ele observa que, comparando a variação dos alimentos in natura na segunda semana deste mês com igual período de dezembro, a alta é de 5%.

 

Apesar de os alimentos terem surpreendido, a maior contribuição para alta do IPC veio do grupo transporte, cuja variação dos preços médios praticamente dobrou da primeira (1,19%) para a segunda (2,32%) quadrissemana.

 

O reajuste de 17% da tarifa de ônibus urbano e integração respondeu por quase 30% da inflação do período. Além da tarifa de ônibus, o grupo transporte foi pressionado pela alta do álcool combustível (9,05%) e da gasolina (0,63%) este mês.

 

Veículo: O Estado de S.Paulo


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