Bertin desativa unidade de abate em Tocantins

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A Bertin S.A. confirmou ontem que "desativará, por tempo indeterminado, as operações do frigorífico de Araguaína (TO)". Segundo o comunicado enviado pela assessoria de imprensa da companhia, "a medida visa ajustar as atividades de suas unidades frigoríficas e buscar o equilíbrio entre a oferta de gado e a demanda dos mercados interno e externo". A empresa não informou quantos funcionários foram dispensados em Araguaína. 

 

A oferta restrita de gado para abate e as exportações menores - por conta da escassez de crédito - têm levado vários frigoríficos do país a fazer ajustes. No mês de outubro, a JBS/Friboi colocou três de suas 23 unidades em férias coletivas. O Minerva também recorreu à medida em uma de suas unidades. 

 

A situação é mais grave para frigoríficos de menor porte do país, que não têm fôlego financeiro para enfrentar o momento de restrição de oferta de animais e também de crédito por causa da crise financeira internacional. 

 

Além de desativar Araguaína, diante da oferta e demanda escassas, a Bertin também tem menos pressa para começar a abater em Pimenta Bueno (RO), segundo fontes do mercado. A planta, adquirida em agosto da Cooperocarne, ainda não está operando. A explicação da empresa é que "ainda está providenciando a documentação para iniciar as atividades". 

 

A planta da Cooperocarne, adquirida pela Bertin, foi construída por um grupo de pecuaristas do Estado e começou a operar há cerca de um ano. A Bertin pagou R$ 55 milhões pela unidade, que tem capacidade de abate de 600 animais por dia. 

 

A empresa adquiriu a unidade em Rondônia por sua localização considerada "estratégica", já que o Estado tem um rebanho de aproximadamente 11 milhões de bovinos e status de área livre de febre aftosa com vacinação. (AAR) 

 

Veículo: Valor Econômico


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