Carrefour: sincronização

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Rede francesa adota novo sistema para melhorar a troca de informações com os fornecedores. 

 

De acordo com Crapina, nos datapools ficarão armazenados cadastros atualizados dos fornecedores.Um cadastro de produtos atualizado é imprescindível nas transações de compra e venda entre fornecedores e varejistas. Sem isso, o comércio pode rejeitar pedidos pelo fato de os produtos entregues terem as características modificadas, além de prejuízos com fretes. Para reduzir esse e outros riscos financeiros, o Carrefour,  um dos maiores varejistas com atuação no País e que faturou no ano passado R$ 25,6 bilhões, investirá R$ 350 mil na implantação da Global Data Synchronization Network (GDSN) ou Rede Global de Sincronização de Dados.

 

Prevista para entrar em funcionamento em janeiro do próximo ano, a rede, a ser acessada pelo sistema de gestão do gigante supermercadista, foi normatizada pela GS1 Brasil, associação sem fins lucrativos, representante nacional da GS1 Global.

 

A tecnologia, empregada pela matriz do Carrefour na França desde 2003, começará a ser testada pela cadeia francesa no Brasil a partir do mês de novembro.

 

Considerada uma espécie de Electronic Data Interchange (EDI) "turbinado" – técnica que permite o movimento eletrônico de documentos – a GDSN possibilita a troca de dados sobre cadastros de produtos entre fornecedores e varejistas. "Com esse sistema de sincronização de dados, as alterações feitas pelas indústrias nas embalagens, no tamanho dos produtos ou no armazenamento de itens são comunicadas ao varejo em um prazo de apenas uma hora", afirma a assistente de soluções da GS1 Brasil, Flávia Ponte Costa.  Na realidade, o objetivo da companhia é disponibilizar, eletronicamente, para o varejo as informações de produtos de fornecedores.

 

Além da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da GS1, certificadora da rede, o Carrefour nesse projeto terá ajuda de mais três empresas: NeoGrid,  OneSync e a GXS. Elas serão responsáveis pela administração dos repositórios de dados da rede e pelo link entre os sistemas das empresas envolvidas no processo de sincronização. "Nesses datapools ficam armazenados os cadastros atualizados dos fornecedores que são enviados ao varejo diariamente", diz o gerente de organizações e processos do Carrefour,  Paulo Crapina.

 

Benefícios – A rede trará vários benefícios ao Carrefour. "Vamos dispensar as análises de faturas, porque os pedidos entregues estão de acordo com esses documentos", informa Crapina. Segundo o executivo, atualmente a cadeia varejista gasta entre 1 mil a 2 mil horas anuais realizando esse trabalho.

 

Outro inconveniente da falta de sincronização de dados entre parceiros de negócios é a entrega ao varejo, por parte de fornecedores, de mercadorias a mais ou a menos que as solicitadas nas encomendas. Isso, geralmente, ocorre pelo fato de as indústrias aumentarem o número de itens acondicionados nas caixas o que gera inconsistências nas notas fiscais.

 

Antes de começar o projeto-piloto de instalação da rede, o Carrefour está reformulando os sistemas corporativos para que eles possam absorver as especificações dos produtos de seus 1,5 mil fornecedores. Um dos programas em fase de adaptação é o de workflow. A rede varejista já escolheu quatro indústrias para testar a nova tecnologia: a Procter&Gamble, a Bombril, a L'Oreal e a Fleishmann.

 

No início do próximo ano, duas aplicações serão sustentadas pela GDSN. São a logística, que envolve a troca de dados sobre embalagens, quantidade de produtos e tamanho; e a de impostos federais. Colocar esse último tópico na rede é muito importante porque varejistas e fornecedores precisam pagar ao governo a mesma alíquota para cada produto comercializado.

 

Veículo: Diário do Comércio - SP


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