O consumidor está cada vez mais digital e ambientes físicos não são mais simples pontos de vendas, é necessário se readaptar para atender o público
O consumidor está mais digital do que nunca, ainda mais em um período pós-pandemia, que o varejo precisou se adaptar para a uma nova realidade rapidamente. Hoje, os ambientes físicos não são mais somente um lugar transacional, mas sim um hub de conexão entre a marca e a pessoa.
Ainda, a evolução de tecnologia proporcionou que os varejistas estejam cada vez mais conectados com os seus consumidores, em um ambiente cada vez mais transmidiático. A Inteligência Artificial (IA), por exemplo, vem evoluindo e se mostrando como uma ferramenta de otimização no trabalho dos colaboradores, bem como com melhorias para aperfeiçoar a jornada do cliente.
Em um cenário cada vez mais aberto às mudanças, com diferenças geracionais entre os shoppers, que têm um novo comportamento de consumo e fidelidade com a marca, o varejo precisa se adaptar de forma mais veloz: seguindo e remodelando tendências. Confira algumas tendências do mercado internacional e que também funcionam com o público brasileiro:
1- A loja física é um ponto de tudo
As lojas físicas não são mais simplesmente espaço de consumo, elas evoluíram, e agora as pessoas querem viver experiências em seus espaços. Esse novo processo tem um nome, PDX: o estabelecimento é um ponto de tudo, e não somente um ponto de venda. O modelo valoriza a jornada de compra, além de aproximar o cliente da marca.
Outro fator, aplicado ao modelo, mas pouco usado no Brasil, é o retail media, que são anúncios feitos tendo como base os dados dos consumidores. Uma pesquisa realizada pelo BGC e pelo Google mostrou que o recurso será responsável por quase US$ 75 bilhões dos lucros nos próximos cinco anos, crescendo 25% ao ano.
A Nordtrom, rede do departamento de luxo americana, por exemplo, conta com uma plataforma de publicidade para que as marcas contam as suas histórias para as pessoas. Ainda, em 2022, o Carrefour e a Publicis Group, empresa de publicidade, investiram em uma joint venture, para entender o negócio no segmento de retail media, tanto na América Latina, quanto na Europa. Com uso dessa tecnologia, a rede de supermercados tem o objetivo de atingir as duas regiões ao mesmo patamar alcançado pelo segmento nos Estados Unidos.
2- Ecossistema variado
Os varejistas estão passando por um momento de variação e crescimento do ecossistema. Um exemplo disso no Brasil é o Magazine Luiza, uma vez que sua capilaridade vai além do segmento de móveis e eletrônicos. O modelo de negócio está se mostrando como um alinhamento de empresa, serviços e produtos ao seu core business, o que proporciona vivências unificadas às pessoas.
Um exemplo global de uma economia voltada ao consumidor é o Alibaba, dona das marcas AliExpress, Taobao, Cainiao, Tmall, Baidu e Lazada. A empresa foi fundada em 1999 e vem ampliando sua visão de negócio. Recentemente, foi anunciado que o Alibaba irá se dividir em seis unidades de negócio.
3- Ferramentas de autoatendimento
Em estudo, a Associação Paulista de Supermercados (APAS), apresentou que 49% dos entrevistados já utilizam serviço de autoatendimento e, para 85% desse público, o recurso traz agilidade para finalizar a compra. A ferramenta já está em multiplicação no país e tende a aumentar ainda mais, por essa razão que o estudo mostrou: agilidade, autonomia e conveniência.
O self-checkout possibilita que os varejistas otimizem o fluxo de atendimento, além de reduzir custos e criar um espaço para atender um público cada vez mais digital. As redes de supermercados já estão aplicando o modelo em suas unidades, como o Minuto Pão de Açúcar, Carrefour Express, entre outros.
4- Estratégias centradas no consumidor
O consumidor aumentou o número de marca que consome e, para fidelizar o cliente, os varejistas precisam investir mais. Assim, é essencial criar uma estratégia focada no consumidor. O Consumer Insights 2023 apontou que 55% dos brasileiros visitaram de cinco a sete canais de compras no primeiro trimestre do ano, ou seja, o shopper está pesquisando mais para comprar, e em múltiplo canais.
Dessa forma, pensar em uma estratégia que funciona exige que o cliente seja o principal foco para tomada de decisão do negócio, fazendo necessário com que os varejistas conheçam profundamente o seu público. Assim, o retail media, dados e IA são importante ferramentas para auxiliar nesse processo, resultando na entrega de produtos, serviços e a fidelização do consumidor.
Redação SuperHiper