Qual o impacto do 5G nos negócios da Ambev?

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O grupo estuda sua aplicação na indústria 4.0 e em todo os processos das cervejarias no país

 

 

Sem investimentos massivos e ainda estudando as possibilidades para seus negócios, a Ambev espera que a tecnologia 5G ajude acelerar a extração de dados das cervejarias e os ganhos obtidos com ela, disse Eduardo Horai, vice-presidente de tecnologia (CTO, na sigla em inglês) da companhia, durante o Ambev Tech & Cheers, evento de tecnologia da companhia realizado hoje em São Paulo.

 

“A gente está testando ainda, é um pouco cedo para falar. Mas tem um futuro promissor. Estamos avaliando todas as frentes para conseguir conectar nossas cervejarias de uma maneira mais rápida”, disse o executivo em entrevista.

 

De acordo com Horai, há um desafio “muito grande” tanto de dados que uma cervejaria produz quanto da inteligência que esses dados geram. “Acreditamos que o 5G vai conseguir habilitar de uma maneira eficiente em termos de custo e também numa velocidade excelente para a gente aumentar nosso funil de dados.”

 

A principal aposta do executivo para o uso do 5G é na indústria 4.0. “Conexão para que as cervejarias sejam plataformas digitais dentro do nosso ecossistema e conseguirem se comunicar com nosso sistema de previsão de demanda.”

 

Atualmente a companhia coleta 20% dos dados gerados em suas cervejarias — um percentual que permite, segundo Horai, obter ganhos de eficiência e qualidade sem pressionar mais os custos. Até três anos atrás, esse trabalho era feito manualmente, por um operador que coletava os dados das máquinas duas vezes ao dia e fazia uma média. Hoje, com o processo já automatizado, sensores coletam os dados em tempo real, o que permite identificar falhas na mesma hora em que elas acontecem. “O 5G vai nos habilitar a fazer esse envio de dados e coleta de uma maneira mais massiva.”

 

Embora a controladora AB InBev já utilize a tecnologia em outros países, como a China, Horai diz que a Ambev ainda está estudando os investimentos a serem feitos em 5G.

 

“Não estamos investindo massivamente. Estamos estudando possibilidades ainda. A tecnologia é muito legal, mas qual a dor que ela vai resolver? Isso que estamos tentando entender. Acredito muito nessa parte do industrial, em especial para lugares remotos, como algumas de nossas cervejarias que estão em locais de pouca infraestrutura de conexão.”

 

Fonte: Valor


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