Via Varejo busca sinergia com Nova Pontocom

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A Via Varejo, maior rede de eletroeletrônicos do país, busca maior integração com seu braço na internet, a Nova Pontocom. O novo presidente da Via Varejo, Líbano Barroso, mostrou ontem resultados do primeiro trimestre além do consenso do mercado, segundo relatórios de Santander, HSBC e Concórdia.

Os investidores reagiram positivamente ao balanço da varejista. As units subiram 3,74%, a R$ 23,60. O Ibovespa teve alta de 0,89%.

A receita líquida da Via Varejo subiu 5,9% de janeiro a março, as despesas gerais e administrativas caíram 20%. Os gastos com vendas ficaram estáveis. O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) subiu 44,2%, para R$ 485 milhões.

A empresa conseguiu, ao vender produtos de maior valor e reduzir promoções nas lojas, ampliar a margem bruta em 0,6 ponto para 30,8%. O lucro líquido cresceu 57,4%, para R$ 179 milhões.

O que a Via Varejo colhe hoje é resultado de um processo de ajustes iniciado há cerca de um ano. Após a fusão em 2010, a companhia uniu dois negócios, de Casas Bahia e Ponto Frio, que mostravam ineficiências. Existiam espaços para reduzir despesas operacionais e custos logísticos, por exemplo. Isso foi feito mais amplamente em 2013 e ações têm sido tomadas também em 2014.

Com ganhos mais claros após ajustes na operação, a companhia passa a avaliar medidas para uma integração mais ampla com seu braço de comércio eletrônico, a Nova Pontocom. A Mckinsey foi contratada para estudar ganhos de sinergia entre os negócios.

Em entrevista ao Valor, Líbano Barroso, presidente da Via Varejo, disse que medidas já foram tomadas para compartilhamento de centros de distribuição (CD) da operação física e on-line - no fim de 2013, começaram a dividir espaços do CD de Camaçari (BA) e desde o primeiro trimestre, a compartilhar o CD de Contagem (MG).

Desde janeiro, o site e a operação física faz compras conjuntas com a indústria em alguns segmentos. "Identificamos que existem áreas em que conseguimos avançar nessa sinergia e em outras em que não há como ter ganhos. Entre as áreas que dá para avançar está por exemplo, o compartilhamento de entregas para mesmas regiões cobertas pela Via Varejo e Nova Pontocom", disse Barroso.

A companhia ainda deixou mais claro ontem a expectativa de que no primeiro e terceiro trimestres as vendas aconteçam em ritmo mais fraco que no segundo e quarto trimestres. "Isso não mudará nossa estratégia de ganho de rentabilidade porque nossas iniciativas na contenção de despesas devem continuar a se refletir na lucratividade", disse Vitor Fagá, diretor de relações com investidores.

Consultores de varejo ressaltam que ganhos com revisão em despesas ou custos na empresa devem ser feitos dentro de um limite que não afete a operação, como o nível de serviço das lojas.

Fagá ainda disse ontem que a empresa vendeu "mais da metade" das 74 lojas que precisam ser alienadas conforme acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pelo tratado, para aprovação da fusão Casas Bahia e Ponto Frio, a empresa teria que se desfazer de pontos por questões ligadas à defesa da concorrência. "Se não concluirmos isso em dois ou três meses, vamos devolver os pontos alugados".

Barroso também falou sobre o estudo inicial que está sendo feito para a empresa explorar a área de provedor de serviços de tecnologia. A ideia inicial, disse ele, é usar o espaço que já existe nas lojas para vender celulares e adicionar novos serviços.



Veículo: Valor Econômico


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