Redes de varejo apostam em serviços financeiros

Leia em 2min

Lojas fazem empréstimo de dinheiro e financiam compras


A venda de produtos não é mais a única forma das redes de varejo ganharem dinheiro. Serviços como empréstimo pessoal e financiamentos dos produtos comercializados representam significativa fatia dos lucros. E as grandes redes catarinenses já perceberam isso.

Na Koerich, até 70% dos negócios a prazo são feitos com parcelamento bancado pela loja. Outra atuação financeira é o empréstimo pessoal. O gestor de vendas da rede, Maurício Ramos, lembra que o serviço foi criado há quatro anos e, desde então, cresce mês a mês.

O motivo é o comportamento do público, que é diferente do crédito para compra de produtos. Maurício explica que logo após quitar o débito, as pessoas tomam outro empréstimo.

O gestor de vendas declara que o negócio surgiu porque a Koerich tem um público fiel, com cadastro completo e histórico de pagamento. Além de acesso aos dados, o negócio tem a vantagem de não exigir a contratação de pessoal ou abertura de escritórios.

A rede Berlanda não empresta dinheiro, mas também oferece serviços de financeira para parcelamento dos seus produtos. O dono do grupo, Nilso Berlanda, diz que tem parceria com o Banco BMG somente para
áreas de maior risco de inadimplência, como celulares, pneus e televisores. Ele afirma que estes produtos representam apenas 8% do faturamento.

Os resultados dos serviços financeiros são evidentes. A venda de seguros prestamistas (para quitar dívida), negociados principalmente no varejo, cresceu 24% em 2010, informa a confederação nacional do setor.

Na Lojas Renner, os serviços financeiros já representam 21,1% do ebitda (lucro antes de amortizações, juros, depreciação e amortização). Em 2009, eram 13,4%.Na Magazine Luiza, a venda de consórcios cresce 17% ao ano e já é feita fora das lojas, em  rede de representações autorizadas.

Em geral, os serviços são criados em parceria com redes bancárias, que instalam sistemas de informática e aplicam o modelo do negócio nos pontos de venda. O varejo costuma ficar com metade do lucro gerado nas operações financeiras.

— Para o comércio, o benefício da parceria é duplo: atrai mais clientes às suas
lojas e gera mais receita. Por isso, os serviços financeiros ganham importância para algumas grandes redes — explica Priscila Tambelli, analista de varejo do Banco do Brasil.


Veículo: Diário Catarinense - SC


Veja também

Como Abílio poderia assumir a Viavarejo sem perguntar nada aos Klein

Ex-Globex, empresa que administra a Casas Bahia e o Ponto Frio, pode ser a moeda de troca do Casino para Diniz sair do P...

Veja mais
Savegnago inaugura a primeira loja em Monte Alto-SP

A rede Savegnago Supermercados inaugura amanhã (01/03), às 10 horas, sua primeira loja em Monte Alto, inte...

Veja mais
Sorrindo, Naouri prepara-se para assumir GPA

A contagem regressiva para o Casino assumir o controle do Grupo Pão de Açúcar (GPA) foi lanç...

Veja mais
Alta renda vira grande foco do grupo Casino

Enquanto a maioria dos segmentos do comércio varejista corre para abocanhar os consumidores emergentes, um dos l&...

Veja mais
Abilio seguirá no Pão de Açúcar, diz Casino

O presidente do Casino, Jean-Charles Naouri, afirmou que o empresário Abilio Diniz poderá permanecer como ...

Veja mais
Casino vai controlar o GPA

O grupo francês Casino reafirmou ontem a intenção de exercer em junho deste ano sua opç&atild...

Veja mais
Supermercados do RS apostam no poder de consumo do público adulto para a Páscoa 2012

O público adulto é o principal foco dos supermercados e das indústrias do Rio Grande do Sul na P&aa...

Veja mais
Pão de Açucar: Procuradoria de SP recomenda fim de ação de minoritários

O Ministério Público estadual recomendou à Justiça extinguir a ação civil p&ua...

Veja mais
Abilio contra o trabalho escravo

O grupo Pão de Açúcar, de Abilio Diniz, assinou sua adesão ao programa da Associaç&at...

Veja mais