por Wagner Hilário
Se o faturamento do setor cresce acima das expectativas, o volume de vendas não fica atrás. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (29/set.), Sussumu Honda, presidente da Abras, divulgou estudo sobre o desempenho do volume de vendas do setor neste ano.
De janeiro a agosto, conforme os dados do estudo realizado pela Nielsen, o volume de vendas dos supermercados apresentou expansão de 2,2% em relação ao mesmo período do ano passado, desempenho puxado, sobretudo, pelas cestas de bebidas alcoólicas, não-alcoólicas e de perecíveis.
As bebidas alcoólicas, que respondem por 9,6% do faturamento dos supermercados, apresentaram expansão de 6% nas vendas. A cesta de bebidas não-alcoólicas teve incremento de 5% e a de perecíveis, de 4,9%. O fato é que, das cestas representativas, com exceção de mercearia salgada — com queda de 0,1% —, todas apresentaram aumento no volume de vendas.
“O desempenho bom dos perecíveis é um indicador significativo da melhora no mercado interno. Mostra que os consumidores têm optado por itens de uma cesta cujo valor agregado é maior, geralmente, do que a cesta de mercearia salgada, por exemplo, em que constatamos certa estabilidade”, argumentou o presidente da Abras, Sussumu Honda.
Entre os formatos de supermercados, os que dispõem de 20 a 49 check-outs — em sua maioria os hipermercados compactos — tiveram o melhor desempenho até a metade do ano, com 10,5% de crescimento no volume de vendas. Bons números também entre os supermercados de 5 a 9 check-outs, com expansão no volume de vendas de 6,1%.
“A tendência hoje são os grandes hipermercados se tornarem mais compactos, para que sejam construídos nos bairros e tenham melhor desempenho de vendas. Em contrapartida, os pequenos supermercadistas de bairros, diante de um consumidor cuja renda aumenta ano a ano e que se tornam cada vez mais exigentes quanto ao sortimento, são obrigados a aumentar o mix de produtos e ampliar suas lojas para agradarem os consumidores”, disse Sussumu, justificando o excelente desempenho dos formatos com 20 a 49 check-outs e 5 a 9 check-outs, respectivamente.
Dentre as regiões em que se verificou melhor desempenho no volume de vendas, destaque para o Nordeste e para os principais centros urbanos do País, Grande Rio de Janeiro e Grande São Paulo. O Nordeste, do Ceará à Bahia, elevou suas vendas em 5,7%. Já os supermercados do Grande Rio de Janeiro e da Grande São Paulo elevaram o volume de suas vendas em 6,2% e 4,5%, respectivamente.
