Minas tem primeira Central de Negócios de Morango

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União de agricultores cria novas perspectivas para a produção no Sul de Minas.

 

Produtores de morango de Bom Repouso se unem para formar a primeira central de negócios de Minas Gerais no segmento. Juntos, eles conseguem reduzir custos na compra de insumos, eliminar atravessadores, melhorar a margem de lucro e já pensam em aumentar a produção.

 

A implantação da Central de Negócios é uma das atividades do projeto que o SEBRAE-MG desenvolve desde março de 2007 na região. No dia 7 de agosto será oficializada a união em uma apresentação que irá mostrar os principais resultados do grupo.

 

Minas é o Estado que mais produz morangos no país, com 1.704 hectares de área plantada. Segundo o IBGE (2008), Bom Repouso é o município de lavoura mais extensa, com 460 hectares e maior colheita, 24.840 toneladas. Se depender dos agricultores do bairro dos Garcias, os números vão crescer, pois 75% deles pretendem ampliar a produção.

 

O otimismo vem dos bons resultados do trabalho em conjunto. Hoje, os 36 integrantes do grupo reúnem um volume médio semanal de 6 mil caixas de morangos, que são entregues para que a central negocie de forma conjunta. Como a fruta perece rapidamente, antes os produtores eram obrigados a vender tudo pelo preço oferecido por atravessadores. "Não tínhamos como questionar. Era vender ou perder a colheita", lembra o produtor Silvanei César da Silva.

 

Depois que uniram forças, os lucros aumentaram. Um computador ligado à Internet ajuda a monitorar o preço da fruta no mercado paulista e assim os produtores têm condições de negociar um valor justo. Graças a essa estratégia, a média de preço da caixa de 1,2 quilos saltou de R$ 2,30 para R$ 3,67. O montante negociado em 2008 chegou a R$ 183 mil, já a produção que em 2007 era de 95.744 caixas anuais chegou a 205.164 caixas no ano passado.

 

Outra vantagem foi a diminuição dos gastos com insumos. Produtos como lonas, adubos e nutrientes são comprados com desconto de até 27%. Embalagens chegam a custar 40% mais barato, com prazos entre 30 e 90 dias para pagar e nenhuma burocracia.

 

Com mais dinheiro em caixa os agricultores compraram um baú que será adaptado para se tornar uma câmara fria. Com o veículo, os produtos poderão ser conservados por mais tempo e terão mais qualidade. Outra conquista foi a aquisição de um terreno, junto à prefeitura, para construir um galpão onde deverá funcionar a nova sede do grupo e uma loja de distribuição e venda.

 

Parcerias - Os produtores também resolveram investir na marca Coração do Vale. A escolha do nome para o produto e a embalagem surgiram com a consultoria do Sebrae-mG por meio do Programa Sebrae de Design.

 

Além de consultorias, o Sebrae-MG também incentivou o associativismo entre os agricultores, que criaram a Associação de Pequenos Produtores dos Garcias. "No início, apresentamos as bases da cultura da cooperação. Os produtores também passaram por programas de capacitação rural para reconhecer e administrar suas propriedades como um negócio. Depois, tratamos do problema para alcançar o mercado", explica o técnico do SEbrae-MG na região, Rodrigo Ribeiro Pereira.

 


Veículo: Revista Fator Brasil


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