Leve alta nas vendas de papelão ondulado

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Considerada um dos termômetros da atividade econômica do País, a venda de papelão ondulado da indústria brasileira somou 187,3 mil toneladas em junho deste ano, o que representa uma queda de 5,28% em relação ao mesmo mês de 2008. Mas, na comparação com maio, houve alta de 0,47% na produção total e na média diária. O dado, medido pela Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), aponta que a média diária de vendas em junho foi de 7,492 mil toneladas, a melhor do ano.

 

O resultado do mês passado ajudou a reduzir a taxa de retração do setor no acumulado de 2009. Entre janeiro e junho, as vendas domésticas de papelão ondulado somaram 1,052 milhão de toneladas,o que representa uma queda de 7% sobre igual período de 2008. "As vendas de junho continuaram dentro das previsões do setor", comentou Paulo Sérgio Peres, presidente da ABPO. No acumulado do primeiro semestre, as vendas caíram 7,05% ante igual período de 2008, para 1,052 milhão de toneladas.

 

O presidente da ABPO vê tendências de mercado favoráveis à expansão de seu setor. "As embalagens de papelão ondulado são as mais adequadas para a fruticultura. Em todo o mundo são as mais usadas e muitas vezes, as únicas. Por serem 100% recicláveis, as embalagens de papelão ondulado também chegam ao destino final sem necessidade de fretes de retorno", sublinha.

 

Em 2006, de acordo com dados da ABPO, 70,9% do consumo total de papelão ondulado, em toneladas, veio de embalagens, seguido por 14,6% de chapas para cartonagens e 14,5% de outros segmentos. Os principais segmentos consumidores de embalagens, em toneladas, foram estes: alimentício (35,4%), avicultura/fruticultura (9,7%), químico e derivado - higiene e limpeza (8,8%), bebida/fumo (6,7%), têxtil/vestuário (3,4%), farmacêutico/perfumaria (3,1%), metalurgia (2,0%) e eletro-eletrônicos (1,8%).

 

O mercado de embalagens de papelão ondulado no Brasil se expande e as perspectivas por parte das indústrias são extremamente positivas, acompanhando a tendência de crescimento da nossa economia. Segundo a ABPO, as empresas do setor estão se modernizando, investindo em novas tecnologias e equipamentos, para atenderem não só as exigências atuais do mercado como também para estarem em linha com as principais tendências mundiais.

 

TECNOLOGIA. As grandes indústrias do país que produzem o papelão ondulado e embalagens de papelão ondulado, como a Klabin e a Orsa, trabalham com o que há de mais recente em tecnologia de impressão flexográfica - sistema usado em 100% da fabricação das embalagens de papelão ondulado. O salto de melhoria, ocorrido nos últimos anos, responsável pela evolução das embalagens de papelão ondulado, se deve a um conjunto de melhorias e inovações, abrangendo desde a matéria-prima, o maquinário e insumos com alta tecnologia, as técnicas de impressão e de acabamento das embalagens, ao conhecimento técnico e capacitação da mão de obra.

 

"Nos últimos cinco anos os avanços em policromia conseguida em impressoras com cilindros e sistemas de impressão aptos a aplicações de tinta absolutamente controladas, transferência a vácuo e opções de secagem e acabamento, como também, clichês e tintas adequados, marcaram uma nova fase da flexografia no Brasil", comenta Paulo Peres, da ABPO.

 

Veículo: Jornal do Commercio - RJ


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