Mercado sobe estimativa de inflação para 2016 e vê queda menor do PIB

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Expectativa para o IPCA deste ano passou de 7,20% para 7,31%, diz BC.
Para o PIB de 2016, previsão de encolhimento passa de 3,23% para 3,20%.

 
Os economistas do mercado financeiro elevaram sua estimativa de inflação para este ano, mas também passaram a esperar um "encolhimento" menor do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016.
 
As previsões foram coletadas pelo Banco Central na semana passada e divulgadas nesta segunda-feira (15), por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. Mais de 100 instituições financeiras foram ouvidas.
 
A expectativa do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 7,20% para 7,31% na semana passada. A estimativa permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% fixado para 2016.
 
Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA - considerado a inflação oficial do país - atingiu 0,52% em julho, ganhando força. Considerando os últimos 12 meses, o índice é de 8,74%.
 
Para 2017, a estimativa do mercado financeiro para a inflação permaneceu estável em 5,14%, informou o BC. Deste modo, permanece abaixo do teto de 6% - fixado para 2017 - mas ainda longe do objetivo central de 4,5% para o IPCA no período.
 
O BC tem informado que buscará "circunscrever" o IPCA aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 2016 (ou seja, trazer a taxa para até 6,5%), e também fazer convergir a inflação para a meta de 4,5%, em 2017.
 
Produto Interno Bruto
Os economistas do mercado financeiro também melhoraram a estimativa para o nível de atividade neste ano de uma contração de 3,23% para uma queda menor, de 3,20%.
 
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
 
Com a previsão de um novo "encolhimento" do PIB neste ano, essa também será a primeira vez que o país registra dois anos seguidos de queda no nível de atividade da economia – a série histórica oficial, do IBGE, tem início em 1948. No ano passado, o recuo foi de 3,8%, o maior em 25 anos.
 
Para o comportamento do Produto Interno Bruto em 2017, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua previsão de uma alta de 1,1%, informou o BC.
 
Taxa de juros
O mercado financeiro elevou na semana passada sua previsão para a taxa de juros no fim de 2016 de 13,50% para 13,75% ao ano. Atualmente, os juros estão em 14,25% ao ano - maior nível em 10 anos. Com isso, estimativa do mercado é de um corte menor na taxa até o fim de 2016.
 
Já para o fechamento de 2017, a estimativa para a taxa de juros ficou estável em 11% ao ano - o que pressupõe a continuidade da queda dos juros no ano que vem.
 
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, a instituição tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados.
 
As taxas mais altas tendem a reduzir o consumo e o crédito, o que pode contribuir para o controle dos preços. Quando julga que a inflação está compatível com as metas preestabelecidas, o BC pode baixar os juros.
 
Câmbio, balança e investimentos
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2016 ficou estável em R$ 3,30. Para o fechamento de 2017, a previsão dos economistas para o dólar permaneceu em R$ 3,50.
 
A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2016 caiu de US$ 50,44 bilhões para US$ 50 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a previsão de superávit recuou de US$ 50 bilhões para US$ 49,8 bilhões.
 
Para 2016, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou inalterada em US$ 65 bilhões e, para 2017, a estimativa dos analistas continuou estável também em US$ 65 bilhões.
 
Fonte: Portal G1


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