O consumo brasileiro de azeites de oliva ainda está baseado nos importados, porque a produção local é recente, de sete anos para cá. Aliás, é curioso como não se começou antes o plantio de oliveiras, que se dão muito bem em terras favoráveis ao cultivo de uvas. E por isso, muitas vinícolas - e não só gaúchas - mas também da Argentina e Chile, produzem azeitonas. Hoje, já há 1.800 hectares de oliveiras em 34 municípios gaúchos, plantados por 100 produtores que no ano passado colheram 300 mil quilos de frutas. E as seis indústrias locais produziram 30 mil litros de azeite extra virgem, de alta qualidade, segundo a Emater.
O consumo de azeites de oliva mais do que dobrou no Brasil nos últimos 10 anos, passando de 150 gramas por pessoa ao ano para quase 400. Mas ainda é muito pequeno, comparado com os maiores consumidores mundiais, em parte, devido também ao seu elevado preço. Na Grécia, o consumo é de 15 litros por pessoa/ano e na Itália e Espanha 10 litros.
As vendas de azeites de oliva aumentaram 12% em volume no acumulado deste ano e de 35% em reais, segundo a Associação Gaúcha de Supermercados. A diferença está justamente no aumento do preço, que decorre da queda da produção mundial, ocorrida também aqui, mas por excesso de chuvas na região produtora.
Veículo: Jornal do Commercio - RS