Retração chega à industria têxtil

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                                    Fábricas fecham as portas e outras adotam férias coletivas, lay-off e redução de jornada



A indústria têxtil e de vestuário de Minas Gerais também está sentindo os efeitos da crise que afeta diversos segmentos da economia brasileira. E como conseqüência, várias empresas já fecharam as portas e funcionários foram demitidos, enquanto o setor luta para não dispensar mais trabalhadores, adotando medidas extremas, como férias coletivas, lay-off (suspensão de contratos) e redução da jornada de trabalho.

" uma situação difícil. Acreditamos que até o fim deste ano o número de empregos na cadeia seja reduzido em algo próximo a 10%. As principais empresas já concederam férias coletivas e algumas fecharam unidades, enquanto outras estudam a redução da jornada de trabalho e o lay-off", afirma o presidente do Sindicato das Indústrias Têxteis de Malhas do Estado de Minas Gerais (Sindimalhas-MG), Flávio Roscoe Nogueira.

Dados recentemente divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) comprovam o momento difícil pelo qual passa a atividade. Segundo a entidade, a receita do setor têxtil em Minas acumula queda de 20,5% nos cinco primeiros meses deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2014. Na mesma base de comparação, o faturamento do segmento de vestuário caiu 30,5%.

No que diz respeito às horas trabalhadas na produção, que mostram a produtividade dos empregados do setor, as quedas no acumulado deste ano até maio, em relação ao mesmo período de 2014, foram de 4,2% no parque têxtil e de 21,3% no de vestuário. No emprego, as retrações alcançaram 2,1% e 11,5%, respectivamente.

A disparidade entre as quedas verificadas na receita e na eliminação de postos de trabalho, na avaliação de Nogueira, reflete a luta do setor para manter os empregos. Porém, ele alerta que isso tem limite, uma vez que a perda de receita penalisa o caixa e a produção, já que as empresas têm que reduzir o ritmo para desovar os estoques.

"As empresas estão tentando manter mão de obra até o limite de seu caixa", reforça o dirigente do Sindimalhas-MG, que também é presidente da Câmara da Indústria do Vestuário e Acessórios da Fiemg, que reúne e representa todos os elos da cadeia têxtil e de vestuário.

A indústria têxtil é um dos segmentos da economia que mais tem sido prejudicado pela concorrência desleal com produtos importados, especialmente os asiáticos. Frente a esta situação, o presidente do sindicato acredita que "será impossível para as empresas do setor repassarem a elevação dos custos para os produtos, sob pena de perder ainda mais competitividade".



Veículo: Jornal Diário do Comércio - MG


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