Preço de remédio varia até 40% em Fortaleza

Leia em 3min 30s

Pesquisa direta feita pelo Diário do Nordeste identificou variação de 8,7% até 40% nos valores

 



Você certamente já está percebendo remédios mais caros neste ano, principalmente desde o dia 31 de março, quando a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) fixou reajuste máximo de 7,7%, para os fabricantes de fármacos.

Para ajudá-lo na busca pelo menor preço, o Diário do Nordeste pesquisou, na manhã de ontem, os valores de dez medicamentos em três grandes redes farmacêuticas com lojas em Fortaleza: Pague Menos, Dose Certa e Extrafarma.

No levantamento direto, foram desconsiderados os abatimentos oferecidos por programas de fidelidade e foi constatado que a diferença entre o maior e o menor preço de um medicamento chega aos 40%.

Levantamento

A campeã de variações da pesquisa foi a cartela com dez comprimidos do Dorflex, indicado para o alívio de dor de cabeça e dor muscular. Se o consumidor optar por comprá-la na farmácia Dose Certa, terá de desembolsar R$ 4,37. Mas se pesquisar mais um pouco, poderá comprá-lo por R$ 3,12 na Pague menos. Diferença de 40%, no preço.

A segunda maior diferença de preços (39%) foi constatada para o Xarope Claritin. Na Extrafarma, custa R$ 37,47, mas nas duas outras farmácias pesquisadas está mais barato. Na Dose Certa, o remédio é vendido por R$ 32,97. Na Pague Menos, onde está com o menor valor, custa R$ 26,94.

Outra variação de preços bastante expressiva foi registrada para o Voltaren 50 mg, indicado, dentre outras funções, para o tratamento de reumatismo. Na Extrafarma, o fármaco custa R$ 29,80. Já na Pague Menos, pode ser adquirido por um valor 27,65% menor (R$ 21,56).

O remédio que menos exige pesquisa do consumidor é a cartela com seis comprimidos de Atroveran, mas ainda assim vale a comparação de preços em diferentes estabelecimentos. A variação entre o maior (R$ 3,62) e o menor (R$ 3,33) valor é de 8,70%. Se o consumidor optar por comprar todos os dez remédios pelos preços mais baratos encontrados dentre os três estabelecimentos, o cliente irá economizar R$ 34,67. A cesta com todos os medicamentos mais caros identificados pela reportagem custa R$ 153,76. Os 10 fármacos mais baratos custam R$ 119,09.

Reajuste

A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) havia fixado, no dia 31 de março último, os percentuais máximos de ajuste de preços de medicamentos a serem aplicados pelo fabricantes, em três faixas, com aumentos máximos de 5%, 6,35% e 7,7%. A regulação atinge 9.120 remédios e varia de acordo com níveis de concorrência. O grupo um, por exemplo, de maior competitividade e que tende à manutenção de preços mais baixos, teve o maior limite fixado (7,7%). Além da pesquisa no varejo convencional, vale procurar alguns medicamentos em uma das unidades próprias do programa Farmácia Popular ou em estabelecimentos privados, credenciados na rede Aqui Tem Farmácia Popular.

Genéricos

Ambas as iniciativas do governo Federal oferecem medicamentos gratuitos para o tratamento de asma, diabetes e hipertensão e diversos outros tipos de remédios com descontos que podem chegar a até 90%.

O Glifarge XR 500 mg, por exemplo, chega a custar R$ 13,80 no varejo convencional. Mas o consumidor cearense pode adquirir um medicamento com a mesma composição (cloridato de metformina 500 mg) em um dos estabelecimentos pertencentes ao programa. Para obter os medicamentos em uma unidade própria da rede Farmácia Popular ou em estabelecimentos cadastrados pelo governo, o cidadão deve apresentar o documento de identidade, CPF e receita médica dentro do prazo de validade (90 dias).

A receita pode ser emitida tanto por um profissional do Sistema Único de Saúde (SUS), quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas privadas. Para verificar os remédios oferecidos pelo programa Farmácia Popular e os locais onde os medicamentos são comercializados no Ceará, basta acessar o site do Ministério da Saúde por meio do link http://svmar.es/1u0jXmY.

Protagonista: Solange Lima, encarregada financeira

Farmácia Popular é alternativa


Para Solange Lima, devido à alta considerável dos preços dos medicamentos, a melhor opção agora é comprar em farmácias populares. “Antes, eu pesquisava em pelo menos três farmácias, para comparar, mas o preço da popular é discrepante”

Murilo Viana
Repórter




Veículo: Diário do Nordeste


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